quarta-feira, 25 de maio de 2016

Justiça suspende contrato de R$ 1 milhão da Prefeitura de Rurópolis com clínica do Ceará

A cidade de Jericoacoara, sede da clínica, fica a 1.607 quilômetros de distância de RurópolisJustiça suspende contrato de R$ 1 milhão feito pela Prefeitura de Rurópolis com clínica do Ceará, Juiz Flávio Lauande e Pablo GenuínoUm contrato firmado com uma clínica com sede em Jericoacoara, no Ceará, e a Prefeitura de Rurópolis, gestão de Pablo Genuíno (PSDB), foi suspenso pela Justiça.

As duas cidades ficam distantes 1.607 quilômetros em linha reta.
A decisão liminar (provisória), do juiz Flávio Oliveira Launde, foi proferida na semana passada (dia 20).
O magistrado também determinou a suspensão do contrato da prefeitura com a médica Nathalia Silva Pena. Esse contrato e o fechado com a Jijoclin Clínica Médica, ambos de 2016, somam mais de 1 milhão de reais – ou exatos R$ 1.134.000,00.
A clínica cearense não possui filial em Rurópolis, segundo Robson Alves da Silva.
Ele é o autor da ação popular, com pedido de liminar, que provocou a suspensão dos dois contratos.
“Não nego que a suspensão dos contratos pode acarretar prejuízos aos serviços médicos, mas a população deve entender que a manutenção de contrato com suspeita de nulidade pode causar ainda mais prejuízos”, argumentou o juiz na sua decisão.
“Eventuais irregularidades devem ser apuradas e sanadas”, reforçou.
Os dois contratos rendem mensalmente R$ 42 mil à médica e R$ 94,5 mil à clinica.
O juiz solicitou ao prefeito Pablo Genuíno cópia dos contratos, razões que o levaram a contratar a clínica e a médica através de licitação por inexigibilidade.
Blog do Xarope com informação de Jeso Carneiro

Prefeitura esclarece em relação à Operação da Polícia Federal denominada "Lesson"

Desvio em prefeituras é alvo de operação no Pará (Foto: Felype Adams)
A Prefeitura Municipal se coloca à inteira disposição da Justiça para esclarecer os fatos e colaborar no que for preciso nas investigações.
A Prefeitura Municipal de Vitória de Xingu esclarece que em relação à Operação da Polícia Federal denominada Lesson, as investigações dizem respeito a ilegalidades cometidas em outro município do Estado, e que as buscas realizadas em Vitória do Xingu se deve à presença da empresa investigada no município.
O Governo Municipal esclarece ainda que a aquisição do material didático da referida empresa foi feita com recursos próprios do município e não foram usados recursos federais do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB).
O objetivo do Governo Municipal é o de preparar os jovens, oportunizando o aprendizado do inglês, uma vez que Vitória do Xingu vem sendo preparada para ser o principal atrativo do pólo turístico do Xingu. A oferta de cursos de inglês se insere dentro de um projeto maior de usar o potencial turístico do Município, impulsionado pela usina de Belo Monte, para a geração de emprego e renda, especialmente para os jovens.
A relação mantida com a empresa investigada ocorreu dentro da mais absoluta legalidade, obedecendo à legislação vigente e sempre respeitando o dinheiro público, como é de praxe na atual administração.
A Prefeitura Municipal se coloca à inteira disposição da Justiça para esclarecer os fatos e colaborar no que for preciso nas investigações.
O Governo Municipal lamenta que o episódio esteja sendo usado politicamente por adversários políticos do prefeito Erivando Amaral, que tentam a todo o custo manchar a sua imagem de bom gestor.
Adversários estes que respondem a inúmeros processos por corrupção, que possuem seu nome associados à grandes escândalos de desvio de dinheiro público, que têm compromisso com o autoritarismo e não se conformam com a ascensão política de uma pessoa do povo, democrática e que tem a justica social como uma de suas maiores prioridades.

Investigação na Operação “Lessons”, da Polícia Federal impediu que outras prefeitura tivesse prejuízo




Prefeitura Municipal de Marituba

As investigações começaram a partir de denúncias recebidas pela CGU da irregularidade sendo cometida em Marituba, entre 2014 e 2015.
Foram 15 mandados de busca e apreensão, três mandados de prisão preventiva, três mandados de prisão temporária e 8 conduções coercitivas nas cidades de Belém – não há, por enquanto, nenhuma suspeita da atuação da quadrilha na Prefeitura de Belém -,  Marituba, Tomé-Açu, Acará, Inhangapi e Vitória do Xingu.
Uma quadrilha que extorquia recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), em seis municípios, foi desarticulada, na manhã de terça-feira (24), na Operação “Lessons”, um trabalho conjunto da Polícia Federal, Controladoria Geral da União (CGU), Ministério Público Federal (MPF) e Receita Federal (RF). Duas empresas de fachada vendiam cursos de línguas estrangeiras, de qualidade questionada pelos órgãos envolvidos nas operações, e com preços superfaturados: o kit com três livros didáticos e três DVDs custava R$ 1,8 mil. O rombo estimado está entre R$ 12 milhões e R$ 17 milhões. No mínimo, 70% desses valores já foram pagos às empresas BR7 Editora e Ensino e IHOL Idiomas
Foram 15 mandados de busca e apreensão, três mandados de prisão preventiva, três mandados de prisão temporária e 8 conduções coercitivas nas cidades de Belém – não há, por enquanto, nenhuma suspeita da atuação da quadrilha na Prefeitura de Belém -,  Marituba, Tomé-Açu, Acará, Inhangapi e Vitória do Xingu. Foram apreendidos documentos, celulares, computadores, dinheiro, drogas e carros de luxo importados. O vereador John Anderson Lima (PHS, ex-PMDB) é um dos envolvidos em articular a fraude com a prefeitura de Marituba, mas ainda está sendo investigada a participação de outros servidores públicos. Os mandados foram expedidos pelo juiz federal Rubens Rollo D’Oliveira (terceira Vara), que também decretou a quebra do sigilo de equipamentos de informática, o sequestro de bens móveis imóveis dos suspeitos.
Estão presos preventivamente (sem prazo determinado para o relaxamento da prisão) o empresário Alberto Pereira de Souza Júnior e o empresário Washington Luiz Dias Lima. Ficarão presas temporariamente, pelo prazo máximo de cinco dias, a advogada Angélica Laucilena Mota Lima, o servidor público Mário Wilson Moraes Júnior e o empresário Heron Melo de Souza.
Foram conduzidos coercitivamente, para prestar depoimento na Polícia Federal, Washington Luiz Maia (contador), Ilmara Azevedo Campos (servidora da Prefeitura de Marituba), Jean Neves Gomes, John Anderson Nascimento Lima (vereador de Marituba), Raimundo Edson Santos (contador).
As investigações começaram a partir de denúncias recebidas pela CGU da irregularidade sendo cometida em Marituba, entre 2014 e 2015. O coordenador do Núcleo de Operações Especiais da CGU, Israel Carvalho, explicou que, de imediato, chamava a atenção que duas empresas tão pequenas e, praticamente, recém-inauguradas e sem quadro de funcionários, fechassem contratos de R$ 2 milhões ou mais com uma prefeitura sem qualquer processo de licitação. Com a prefeitura de Marituba, o contrato, além do kit didático, incluía uma sala de aula móvel e professores para dar aulas de 18 de dezembro de 2014 a 17 de fevereiro de 2015. A sala móvel continua na rodovia BR-316.
Não há, por enquanto, nenhuma suspeita da atuação da quadrilha na Prefeitura de Belém -, Marituba, Tomé-Açu, Acará, Inhangapi e Vitória do Xingu.
Defesa- A Assessoria da Prefeitura de Vitória do Xingu, explicou que a secretária de Educação de Vitória não utilizou recurso do Fundeb como as demais, foi recurso próprio e também não efetuou todo o pagamento para essa empresa, e o motivo de ter contrato e que a empresa mostrava ser seria através das atas e por outros Municípios e inclusive o próprio contrato do governo do estado.
O objetivo era preparar jovens no inglês tendo em vista que Vitória será o principal Município no pólo turístico do Xingu , com a usina Belo Monte seria uma forma de aprendizado e emprego e renda para os nossos alunos no futuro bem próximo. E que todas as providencias estão sendo tomadas para analisar o caso.
A Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Marituba, em nota, informou que não tem contrato de serviço com a Empresa BR Editora, alvo da operação Lessons. A Controladoria do Município emitiu, em abril deste ano, um parecer desfavorável a renovação de contrato com a empresa pois não cabe a inexigibilidade de licitação pois o serviço ofertado pela BR Editora não é exclusivo. As prefeituras de Augusto Correa (R$ 1,8 milhão), Mãe do Rio (R$ 900 mil) e Ponta de Pedras (R$ 1,8 milhão).
O delegado Jorge Eduardo Ferreira destacou que graças à operação e às investigações, vários contratos foram cancelados antes que causassem mais prejuízo aos cofres públicos sem dar qualquer retorno às crianças, que ficariam sem cursos de qualidade. Após denúncias, o Governo do Estado cancelou um contrato com as empresas do esquema no valor de R$ 198 milhões. RADIALISTA FORAGIDO E É APONTADO COMO CABEÇA DO ESQUEMA:), A Justiça Federal considera o principal mentor do esquema), o radialista Nonato Pereira que tiveram mandados de prisão preventiva. A função do radialista, apontam o delegado da PF Alexandre Brabo e o juiz Rubens Rollo, era de conseguir novos contratos para a quadrilha. “Tudo indica ser Nonato Pereira peça essencial para o êxito do recebimento das vantagens indevidas, uma vez que utiliza sua atividade de radialista e o seu programa de rádio para coagir e cobrar prefeituras que firmaram os contratos com a empresa BR7-editora e que, por alguma razão até o momento desconhecida, postergam os pagamentos dos contratos fraudulentos”, afirmou Rollo.
O radialista tinha inserção e popularidade no interior do Estado, mas acredita-se que se valeu da própria função de radialista para coagir ou ameaçar os prefeitos que não quisessem aceitar o esquema, cujos contratos mais básicos estavam no piso de R$ 900 mil, mas giravam em torno de R$ 1,8 milhão. Na rádio, ele costumava fazer cobranças veladas no programa dele. O prefeito de Marituba, Mário Filho, era, costumeiramente, atacado pelo radialista. “Outra coisa que chamou a atenção é que a IHOL, como uma escola de idiomas, tinha uma atividade muito aquém. Em dois anos, conseguiu apenas 20 alunos. Para nós, ela existia, apenas, para dar um ar de legalidade à fraude”, declarou o delegado. A sede da escola ficava na avenida Marquês de Herval, esquina com a avenida Doutor Freitas. Não há mais nada lá. O total de funcionários da empresa chegava a cinco pessoas.
Os presos serão indiciados, de acordo com o grau de participação, pelos crimes de associação criminosa, frustrar o caráter competitivo do procedimento licitatório, peculato, corrupção passiva e tráfico de influência. Participam da operação 70 policiais Federais, 17 auditores da Controladoria Geral da União e oito auditores da receita federal. O nome da operação, Lessons, é uma alusão ao material fornecido pelas empresas.
O radialista Nonato Pereira (Raimundo Nonato da Silva Pereira), está foragido e é apontado como um dos líderes do esquema. Na casa dele, foram encontrados R$ 76 mil em dinheiro e uma quantidade de haxixe.
O nome da operação é uma alusão ao material fornecido pela empresa.