terça-feira, 17 de outubro de 2023

Na fome e no fuzil: Deputado questiona o valor da vida das pessoas na Terra Indígena Apyterewa


Torrinho Torres também falou sobre a operação de desintrusão para retirar supostos invasores das Terras Indígenas Apyterewa, do povo Parakanã, e Trincheira Bacajá, dos povos Kayapó e Xikrin
O deputado estadual Torrinho Torres voltou a usar suas redes sociais para alertar sobre as consequências da operação de desintrusão da Força Nacional, iniciada para retirar supostos invasores das Terras Indígenas Apyterewa, do povo Parakanã, e Trincheira Bacajá, dos povos Kayapó e Xikrin. A ação acontece desde o início deste mês. A morte de um trabalhador é fruto do clima tenso que começou com a presença dos agentes federais na região.
No vídeo, o deputado questiona o valor de cada vida na Apyterewa. "Matar de bala e matar de fome. A vida não vale mais nada na Apyterewa, meus amigos. Eu pelo que vocês compartilhem esse vídeo e me perdoem a franqueza. Não foi por falta de aviso", lembrou o parlamentar que foi uma das primeiras vozes a se levantar na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), alertando sobre as graves consequências que a operação para expulsar os trabalhadores causaria à região.
E de fato aconteceu.
Após tomar conhecimento do assassinato brutal de um trabalhador rural, o deputado juntamente com o prefeito João Kleber ligou para o governador Helder Barbalho para deixá-lo ciente dos acontecimentos trágicos na região.
"O governador prontamente ligou ao presidente Lula, que por sua vez, mandou suspender a operação na região. Eu digo e repito, que decisão judicial não é pra ser questionada, mas para ser cumprida', completou.
O deputado, no entanto, lembrou que havia alguns dias que ele vinha tentando evitar essa tragédia, alertando na tribuna da Alepa. "O nosso governador parou a agenda no estado para irmos a Brasília junto com uma comissão de deputados estaduais exclusivamente para resolver essa questão. E a bancada federal do Pará também se empenhou", recordou.
O parlamentar lamentou que a suspensão da operação só aconteceu após a morte de um trabalhador rural inocente. "Por que foi necessário que sangue fosse derramado para que uma operação fosse repensada?", questionou.
Torrinho Torres criticou a falta de preparo dos agentes da Força de Segurança na execução da operação na Apyterewa. "Ao invés de proteger tirou a vida de um único homem, desarmado com dois tiros de fuzil. Que decisão judicial é essa que não respeita os direitos humanos? Que impede de entrar alimentos, corta energia, impõe a lei do medo e entra tocando o terror contra gente humilde?', disparou o deputado.
Segundo ele, enquanto existirem debates sobre decisões judiciais envolvendo terras indígenas, a vida e a dignidade do povo nunca podem ser colocada em riscos.
O parlamentar voltou a afirmar que a Apyterewa é só a ponta do iceberg. "Aguardem o que vem por aí. Será pior que Apyterewa. Eu digo e repito. O que está acontecendo Apyterewa não é uma desintrusão. É uma expulsão de gente que está consolidada ali há mais de 40 anos. A criação da Apyterewa foi uma condicionante da construção da usina de Belo Monte. Aqueles produtores rurais estão ali naquelas terras muito antes e convivem pacificamente com os povos indígenas. Com uma terra desse tamanho meus amigos, dá pra viver todo junto e em paz. E o péssimo exemplo desse assassinato minimamente permita que o poder judiciário e o governo federal, em pleno século XXI, revejam com muita antecedência as suas decisões para garantir que nenhuma outra vida seja sacrificada por ações apressadas e imprudentes", finalizo


Polícia prende namorado e dois suspeitos de matar e queimar veículo e jogar corpo no rio,em Novo Progresso


O carro foi encontrado queimado e o corpo boiando no rio Santa Julia em Novo Progresso -(Foto>Reprodução)
Foi identificado o corpo encontrado boiando no rio Santa Julia na manhã deste domingo 15 de outubro de 2023, na comunidade Santa Julia (distante 30 km de Novo Progresso). O corpo encontrado e de Gabriel Leandro Silva Neto o namorado Gabriel Erik Pereira Andrade é o principal suspeito de ter matado o companheiro Leandro. Outros dois comparsas também foram presos. O veiculo queimado é um Fiat Punto, de placa JXX-5234.
A vitima Gabriel Leandro Silva Neto, teve o pescoço degolado a barriga rasgada com golpes de arma branca (faca).
Ainda conforme a policia após ser identificado o corpo que foi reconhecido pelos policiais, seguiram em diligencia até a residência da vitima, onde foi encontrado marca de sangue, ao ouvir a vizinhança, relataram que por volta das 01h50min de domingo ouviram gritos e pedido de socorro, ao averiguar câmeras de segurança da redondeza constataram que a vítima foi carregada no veiculo com ajuda de mais duas pessoas, identificadas como Marlison Medes Rocha e José Ilton Da Silva Cruz, que foram presas em flagrante e encaminhadas para policia civil para procedimentos cabíveis.

Morre Carlinhos Maracanã, ex-jogador do Paysandu e São Paulo


Carlinhos Maracanã atuou no Paysandu na década de 70 e 80, onde conquistou um tricampeonato paraense
Ex-meia do Paysandu e do São Paulo, Carlinhos Maracanã morreu aos 66 anos, após lutar, nos últimos anos, contra um câncer no pâncreas. Ele faleceu na cidade de Benevides, na Região Metropolitana de Belém.
Carlos Jorge Ferreira nasceu no dia 8 de setembro de 1957, no município de Maracanã, no nordeste paraense, distante 164 km da capital paraense. No ano de 1976, ele estreou como profissional pelo Papão, onde atuou por seis temporadas.
Com a camisa bicolor, conquistou três campeonatos paraenses, nos anos de 1976, 80 e 81. Com bastante destaque no Lobo, onde teve como companheiros os lendários Chico Spina e Dadá Maravilha, ele despertou interesse do São Paulo.
Junto com Careca, Serginho Chulapa, Mário Sérgio, Dário Pereira, Valdir Peres e Nelsinho, ele chegou ao Tricolor Paulista em 1982. No entanto, não vingou e foi para o Taquatinga, do interior. Depois, teve passagem por Coritiba, Criciúma, EC São Bernardo e Rio Negro-AM.