terça-feira, 20 de agosto de 2013

Polícia quer fazer reconstituição da morte de pai e filha

Yarle Cardoso Gomes de 19 anos confessou que matou o pai e a irmã a golpes de terçado.

Polícia quer fazer reconstituição da morte de pai e filha
Yarle Gomes de 19 anos confessou o assassinato Santarém - A Polícia Civil quer esclarecer o que realmente aconteceu na cena do crime, na Avenida Fernando Guilhon, bairro Maracanã, onde foram encontrados mortos o empresário Valter Carvalho Gomes de 43 anos e a filha Bruna Oliveira Gomes de 20 anos, no início da manhã de segunda-feira (19), em Santarém, oeste do Pará.

Em depoimento ontem na delegacia, o suspeito Yarle Cardoso Gomes confessou que matou o pai e a irmã a golpes de terçado porque pediu dinheiro para comprar drogas e não recebeu.

'A reconstituição é fundamental pra gente reproduzir o passo a passo da declaração do assassino e confirmar ou encontrar indícios de contradições', destacou o delegado de Polícia Civil, Jardel Guimarães.

Yarle Cardoso Gomes, 19 anos, assassino confesso do pai e da irmã foi encaminhado na noite de ontem (19) a Penitenciária Agrícola Silvio Hall de Moura (Penitenciária de Cucurunã).

Entenda o caso:Um empresário e a filha foram encontrados mortos no início da manhã de segunda-feira, 19 de agosto, na própria casa, localizada na Avenida Fernando Guilhon, bairro Maracanã, em Santarém, oeste do Pará.

Segundo a polícia, um jovem invadiu a casa e com golpes de terçado matou Valter Carvalho Gomes de 43 anos e Bruna Oliveira Gomes de 20 anos. Os corpos foram encontrados pela esposa de Valter, Aldeíde de Lima Oliveira que tinha saído para levar a filha mais nova na escola. Ao retornar a casa, encontrou Bruna morta no banheiro com cortes nas costas e o marido no quarto com o braço direito decepado.

 
Bruna Oliveira Gomes de 20 anos e o pai Valter Carvalho Gomes de 43 anos (Foto: Reprodução/Rede Social)

Valter era proprietário de um açougue e a jovem era estudante de direito e trabalhava no Fórum de Justiça.
A polícia foi acionada para uma tentativa de assalto, mas no local havia uma sandália com marcas de sangue que segundo a mãe de Bruna, era de Yarle Cardoso Gomes, de 19 anos, conhecido como Junior, filho de Valter com outra mulher. A partir da pista, ele passou a ser apontado como principal suspeito.
O carro modelo Hillux que estava na garagem foi levado. O helicóptero do grupamento aéreo fez sobrevoo e localizou o veículo próximo ao município de Mojui dos Campos.
Por volta de 9h45, a polícia capturou o suspeito Yarle na Comunidade de Pedra, cerca de 7 quilômetros depois de Mojuí dos Campos. O carro foi achado em cima de uma balsa parcialmente amassado. A polícia acredita que ele capotou, mas continuou viagem. O objetivo dele, segundo a polícia, seria chegar até a comunidade Alto Seco, onde a mãe mora.
Yarle prestou depoimento na Delegacia de Polícia Civil de Santarém.
Redação Notapajos com informações de Rômulo D'Castro

Líder quilombola do Marajó é assassinado em Belém

Teodoro Lalor de Lima foi assassinado desembarcava para uma reunião na capital paraense

O líder quilombola Teodoro Lalor de Lima, conhecido como senhor Lalor, presidente da Associação dos Remanescentes de Quilombo de Gurupá, no município de Cachoeira do Arari, no Marajó, foi assassinado na manhã de segunda-feira (19), em Belém. O crime aconteceu quando Lalor desembarcava para uma reunião na capital paraense de organizações quilombolas do Pará. Ainda não há informações sobre a forma em que foi assassinado.
Teodoro Lalor de LimaNo último dia 13, o presidente denunciou, durante uma audiência pública promovida pelo Ministério Público Federal (MPF-PA) e Ministério Público do Estado, em Cachoeira do Arari, a perseguição de fazendeiros da região à comunidade quilombola. Ele disse ainda que ficou preso por dois meses sem acusação formal, a mando de fazendeiros que se sentem prejudicados pela demarcação das terras quilombolas.
Entre as denúncias feitas pelo líder quilombola, está também que crianças da comunidade estavam sendo presas por colher açaí em áreas quilombolas.
NOTA
De acordo com informações da nota enviada pelo Colegiado de Desenvolvimento Territorial do Marajó (Codetem), Diocese de Ponta de Pedras e Instituto Peabiru, na noite desta segunda-feira (19), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) entregou à Comunidade de Gurupá o Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID).
A nota afirma que representantes visitaram o quilombo, no último dia 14, para saber a situação em que vivem os mais de 700 moradores. Eles afirmam que a comunidade está alarmada e pede ajuda do Ministério Público para que os direitos da população não sejam cerceados e que haja proteção das pessoas que fazem denúncias de discriminação e opressão.
Fonte: DOL