domingo, 12 de janeiro de 2014

Povoado vizinho de Pedrinhas reflete pobreza e violência do Maranhão

Localidade fundada por parentes de presos há 20 anos sofre com falta de saneamento básico e médicos e com a alta criminalidade


Há 20 anos, uma pequena vila surgiu no entorno do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, zona rural de São Luís, fundada por parentes de presos. O povoado cresceu e hoje, apesar da declaração da governadora Roseana Sarney (PMDB) de que o Maranhão está mais violento porque ficou mais rico, a realidade ali é só de pobreza e violência. A comunidade sintetiza indicadores sociais e econômicos que põem o Estado nas piores posições em relação ao País.
Com o tempo, a área passou a ser ocupada por desempregados, que não conseguiam morar em outro lugar. Com o clima tenso das rebeliões e da crise de segurança no Maranhão, aqueles que têm parentes detentos preferem não falar e quem fala relata a ausência do Estado.
"O governo não faz nada pela gente aqui", diz a dona de casa Lucicleide Meireles Trindade, de 31 anos, que da janela de casa vê as violent
as rebeliões no com
plexo que ficou mundialmente conhecido pelo cotidiano sangrento. "Às vezes, o pessoal foge daí e vem parar aqui, com a polícia atrás dando tiro. Eu me escondo aqui dentro."
O medo de Lucicleide é justificado pelas estatísticas. Nos últimos 13 anos, os assassinatos cresceram 460% no Estado. Além da violência, a renda per capita média continua a pior do Brasil - R$ 360,43, diz o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
A dona de casa atualmente está desempregada, o que ajuda a derrubar os índices de renda. Sem conseguir o benefício do Bolsa Família, ela vive com três filhos do dinheiro enviado pelo marido, que trabalha como mecânico em Minas. Lucicleide conta que ao lado de casa há um posto de saúde quase sempre sem médicos e os filhos estudam em uma escola onde os professores faltam com frequência, sem repor as aulas.
O Maranhão tem o maior número de miseráveis em relação à população, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre 6,5 milhões de habitantes, 1,7 milhão está abaixo da linha da miséria - vive com até R$ 70 por mês.
A falta de saneamento também simboliza a pobreza do Estado e de Pedrinhas. A doméstica Neide Estelma, de 36 anos, conta que falta o básico. "Não bastam os presos que vivem fugindo, o esgoto da prisão vaza todo para cá", conta. Diante das dificuldades, o maranhense vive menos - o IBGE atesta que a expectativa de vida é a pior do País, com 68,7 anos em média.
"As políticas públicas do governo estadual são pífias. A corrupção se torna estrutural", afirma o historiador Wagner Cabral, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). "O Estado tem uma população fragilizada, que vai ser enganada e se transformar em trabalhador escravo ou precário", diz.
A dona de casa Lucicleide vê da sua janela as rebeliões no complexo penitenciário - Márcio Fernandes/Estadão
Dona Lucicleide vê da sua janela as rebeliões no complexo penitenciário
Poder. De acordo com Cabral, a família Sarney usa o governo federal como tábua de salvação em razão do Bolsa Família. Durante a crise da segurança, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, veio tentar apagar o fogo dos aliados. A sensação, porém, é de que a situação de crise poderia ter sido evitada.
Para o ex-secretário de Administração Penitenciária Sérgio Tamer, havia sinais de que "algo estava errado" em Pedrinhas. Segundo ele, houve uma "repentina elevação" na superlotação carcerária quando seu sucessor, Sebastião Uchôa, assumiu, o que acabou com a estabilidade do sistema.
O presidente da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos, Zema Ribeiro, afirma que a crise abalou fortemente Roseana. "O problema saiu dos muros da penitenciária. Agora tem incêndio de ônibus, criança morrendo queimada, atrocidades que estão deixando os muros", afirma. "Há uma comoção maior por parte da sociedade e isso tem colaborado com a onda de pânico." / COLABORARAM ERNESTO BATISTA, ESPECIAL PARA O ESTADO, e FABIO LEITE
Artur Rodrigues, Enviado especial/ São Luís - O Estado de S.Paulo

A xaropada e o mistério que nem Sherlock consegue resolver


Pronto Socorro, principal alvo de denuncias

Ninguém sabe, ninguém viu. Assim poderia ser o enredo de um filme que envolve tramas de mistérios que acontece na saúde pública nas esferas municipal, principalmente, estadual e federal, e que nem Sherlock com toda sua astúcia consegue desvendar. Xarope descobriu que os muitos casos de negligência médica, falta de leitos e atendimentos, terminou tudo em pizza. O Ministério Público, que no início das denúncias que deixam muita gente  indignado e com vergonha em ser brasileiro, faz o maior “estardalhaço”, entra em cena no horário nobre, faz entrevista coletiva,  diz que vai prender  e fazer acontecer, no final nada resolve, fica tudo esquecido em brancas nuvens. O conselho Municipal de Saúde, esse nem existe, parece cabelo de freira, que ninguém conhece.


Todos os dias os telejornais e blogs denunciam as irregularidades cometidas por maus profissionais em hospitais e postos de Atendimento públicos mas ninguém toma providências. Xarope quer saber, em que ficou a denúncia da funcionária que vendia vagas para internação e leitos? E a prestação de contas dos repasses federais que foram feitos para prefeituras de vários municípios e ninguém prestou contas? Na terra do Ninguém sabe, Ninguém viu, o governador Simão Jateve acuado, fica quieto em seu canto, com medo que seu nome esteja envolvido também no meio das falcatruas cometidas com as verbas públicas da saúde. E tudo por que o serviço de Inteligência do QG do Xarope descobriu que nesse mar de lamas, pode salpicar muita sujeira pra cima do Governador Jateve. Vamos aguardar para ver se pelo menos o Ministério Público vai resolver alguma coisa. Se não tiver jeito, só apelando para Deus, o senhor das coisas impossíveis. Xarope já está de joelhos, faz penitência, rezando todos os dias de manhã cedo e ao meio dia.

Xaropada eleitoral: Caso Buriti ainda está rendendo. Prefeito tenta usar o problema ambiental para fazer palanque eleitoral



Tentando fazer campanha eleitoral antes do tempo, o prefeito Alexandre sem Vontade, que promete ser o folião mais animado deste carnaval, reuniu-se no final da manhã , sexta-feira (10/01), com os representantes do Movimento em Defesa do Juá, que fizeram questionamento sobre a atual situação do Projeto SISA/Buriti, localizada na margem direita da Rodovia Fernando Guilhon. O prefeito, por sinal muito solícito, mostrando educação e uma c


apa de menino de recados do governador Jatene, de quem é fiel escudeiro e cabo eleitoral, argumentou em vão que durante o primeiro trimestre de seu primeiro ano de gestão, a licença do loteamento foi cassada, porque projeto ia contra a legislação ambiental. Além disso, o Município não estava habilitado para fazer a licença. A partir do ato, as discussões passaram a ser feitas entre a empresa e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA).
Segundo seus assessores informaram, sem pedir segredo, o generoso prefeito Alexandre Sem Vontade, informou aos participantes que há três meses esteve reunido em Belém, onde também estiveram participando o secretário Estadual de Meio Ambiente, José Alberto Colares, o secretário Municipal de Meio Ambiente, o faceiro Podalyro Neto, e os competentes técnicos da SEMA. No encontro ficou acertado que os encaminhamentos das discussões passariam por um EIA-RIMA e um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), este necessariamente contaria com realização de audiência pública com os movimentos sociais, Câmara de Vereadores, e todos os entes afins, além da validação do Ministério Público.