O ex-prefeito de Conceição do Araguaia, Valter Rodrigues Peixoto, eleito em 2012, e seu primo Divino Peixoto, foram denunciados pelo Ministério Público do Estado pelos crimes de concussão e lavagem de dinheiro.
Eles são acusados de terem exigido, indevidamente mais, de R$ 50 mil de Maurinho Gomes, sócio-gerente da empresa PHG Prestadora de Serviços e Contratação e Terraplanagem, responsável pelas obras da rodovia estadual PA-150, sob pena de prejudicá-lo nas medições dos serviços de recuperação e pavimentação do trecho compreendido entre Redenção e Xinguara. A Justiça recebeu a denúncia.
O promotor de Justiça de Conceição do Araguaia, Alfredo Martins de Amorim, foi comunicado dos fatos pelo próprio empresário Maurinho, que contou ter feito os depósitos e transferências em três parcelas, sob pena de ser prejudicado na fiscalização do contrato assinado para recuperação da PA-150.
Os fatos se registraram em 2010, quando Valter Peixoto ocupava o cargo de fiscal de contratos da Secretaria de Estado de Transportes (Setran), chefe do 6º Núcleo Regional e fazia as medições dos serviços.
Caso ocorreu quando Peixoto ainda não era prefeito de Conceição
De posse desses relatos, o Ministério Público do Estado requereu a quebra do sigilo bancário e fiscal dos investigados, da empresa PHG e do sócio da empresa Maurinho Gomes.
A análise dos dados confirmou os depósitos e transferências bancárias relatadas. Atestou-se que o então servidor da Setran, Valter Peixoto, havia recebido por meio de depósitos de cheques e transferências eletrônicas o valor de R$ 40 mil e que seu primo, Divino Peixoto, recebeu R$12.500, totalizando R$ 52.500 mil.
“A autoria e materialidade dos ilícitos estão amparadas nos relatos das testemunhas e demais provas acostadas aos autos do Procedimento Investigatório Criminal de 2014 e seus anexos”, enfatizou o promotor de Justiça Alfredo Amorim.
Com as informações apuradas, o MPPA ofereceu denúncia a Vara Criminal de Conceição do Araguaia. Se condenados, tanto o ex-prefeito quanto seu primo cumprirão pena pelos crimes de concussão, prevista de 2 a 8 anos de reclusão; e lavagem de capitais, 3 a 10 anos de prisão.
O Blog tentou, mas não conseguiu localizar os dois acusados para que dessem a versão deles sobre as denúncias. Portanto, fica aberto o espaço para que ambos, se assim o desejarem, apresentem seu lado na história. (Fonte: Ascom MPPA)
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