O nível acelerado de contaminação,
soterramento e assoreamento do Lago do Juá, localizado próximo a rodovia
Fernando Guilhon, em Santarém preocupa autoridades e ambientalistas. As
causas do acelerado processo de contaminação do Juá, segundo a Frente
em Defesa da Amazônia (FDA) foram as obras de implantação de um
loteamento às proximidades do manancial.
Inconformada com a situação, a vereadora
Ivete Bastos (PT) solicitou a realização de mais uma Audiência Pública
para debater a situação do Lago do Juá. Deve ser colocada em pauta a
luta em defesa do Lago, a área de proteção ambiental e a preservação do
Igarapé do Urumarí, que fica do outro lado da cidade.
A Audiência Pública deve acontecer na
próxima quinta-feira (26), no plenário da Câmara Municipal de
Santarém. O lago do Juá passou a ser alvo de luta de várias entidades
sociais e ambientais, depois que sua área foi totalmente devastada e
loteada pela empresa BURITI para a implantação de um conjunto
habitacional.
A área acabou sendo embargada pela
justiça e a empresa está proibida de dar continuidade aos trabalhos, uma
vez que não realizou um Estudo Prévio de Impacto Ambiental.
A audiência pública do dia 26 de
setembro deverá ter as presenças de representantes dos governos:
Estadual e Municipal, Movimento Salve o Juá; Movimento de Trabalhadores e
Trabalhadoras em Luta por Moradia, UFOPA e a Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB) Subseção de Santarém.
TAC: No último final de semana,
membros do Movimento Salve o Juá (MSJ) participaram de uma reunião, com o
intuito de discutir o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) proposto
pelo Governo Estadual à empresa BURITI.
“Precisamos inserir uma proposta da
sociedade de acordo com os impactos já causados na área e no Lago do
Juá. Se os prejuízos são incalculáveis não temos que ter piedade dos
empresários que cometeram um dos maiores crimes ambientais da história
de Santarém nas últimas décadas”, diz uma nota emitida pelo Movimento
Salve o Juá. Para os ambientalistas, o Governo do Estado precisa ter
muito cuidado quando for tomar alguma decisão sobre os problemas
ambientais no Lago do Juá. A preocupação maior, segundo o Movimento
Salve o Juá, deve ser para evitar um estrago maior, para que a BURITI
faça um trabalho urgente na tentativa de resolver os danos que causou e
principalmente para punir rigorosamente a empresa pela contaminação do
manancial.
PROTESTO: Em junho último um
grupo de universitários e ambientalistas realizou um grande mutirão para
plantar árvores na área devastada pela empresa Buriti no entorno do
Lago do Juá. “Um ato simbólico para que saibam que não esquecemos e não
vamos desistir da luta pela recuperação do Lago, desapropriação da área e
para a instalação de um parque zoobotânico pela UFOPA e a construção do
futuro centro de convenções de Santarém”, garantiu o padre Edilberto
Sena.
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