sábado, 21 de setembro de 2013

Audiência Pública debate assoreamento do Lago do Juá

O nível acelerado de contaminação, soterramento e assoreamento do Lago do Juá, localizado próximo a rodovia Fernando Guilhon, em Santarém preocupa autoridades e ambientalistas. As causas do acelerado processo de contaminação do Juá, segundo a Frente em Defesa da Amazônia (FDA) foram as obras de implantação de um loteamento às proximidades do manancial.

Inconformada com a situação, a vereadora Ivete Bastos (PT) solicitou a realização de mais uma Audiência Pública para debater a situação do Lago do Juá. Deve ser colocada em pauta a luta em defesa do Lago, a área de proteção ambiental e a preservação do Igarapé do Urumarí, que fica do outro lado da cidade.
A Audiência Pública deve acontecer na próxima quinta-feira (26), no plenário da Câmara Municipal de Santarém. O lago do Juá passou a ser alvo de luta de várias entidades sociais e ambientais, depois que sua área foi totalmente devastada e loteada pela empresa BURITI para a implantação de um conjunto habitacional.
A área acabou sendo embargada pela justiça e a empresa está proibida de dar continuidade aos trabalhos, uma vez que não realizou um Estudo Prévio de Impacto Ambiental.
A audiência pública do dia 26 de setembro deverá ter as presenças de representantes dos governos: Estadual e Municipal, Movimento Salve o Juá; Movimento de Trabalhadores e Trabalhadoras em Luta por Moradia, UFOPA e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Subseção de Santarém.
TAC: No último final de semana, membros do Movimento Salve o Juá (MSJ) participaram de uma reunião, com o intuito de discutir o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) proposto pelo Governo Estadual à empresa BURITI.
“Precisamos inserir uma proposta da sociedade de acordo com os impactos já causados na área e no Lago do Juá. Se os prejuízos são incalculáveis não temos que ter piedade dos empresários que cometeram um dos maiores crimes ambientais da história de Santarém nas últimas décadas”, diz uma nota emitida pelo Movimento Salve o Juá. Para os ambientalistas, o Governo do Estado precisa ter muito cuidado quando for tomar alguma decisão sobre os problemas ambientais no Lago do Juá. A preocupação maior, segundo o Movimento Salve o Juá, deve ser para evitar um estrago maior, para que a BURITI faça um trabalho urgente na tentativa de resolver os danos que causou e principalmente para punir rigorosamente a empresa pela contaminação do manancial.
PROTESTO: Em junho último um grupo de universitários e ambientalistas realizou um grande mutirão para plantar árvores na área devastada pela empresa Buriti no entorno do Lago do Juá. “Um ato simbólico para que saibam que não esquecemos e não vamos desistir da luta pela recuperação do Lago, desapropriação da área e para a instalação de um parque zoobotânico pela UFOPA e a construção do futuro centro de convenções de Santarém”, garantiu o padre Edilberto Sena.

 

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