A família de Antônio Rodrigues dos Santos, conhecido como “Bigode”, desaparecido desde maio do ano passado, disseram que querem encontrar o corpo dele, após prisão de suspeitos.
Para os familiares que residem em Novo Progresso, não tem duvida que Bigode foi assassinado – no inicio , todos tinham esperanças de que ele ainda estivesse vivo. Porém, com a reviravolta do caso, eles querem que o corpo seja encontrado.
“No começo a gente ainda estava angustiado, ainda tinha esperança dele estar em algum lugar, perdido”. Mas eles [presos] , não confessaram quem fez isso e a única coisa que a gente quer é que falem logo onde está o corpo dele, disse um parente da vitima ao Jornal Folha do Progresso.
Três foram presos suspeitos no envolvimento deste desaparecimento no Assentamento Terra Nossa, no entanto, somente um continua preso, outros dois foram liberados por falta de precedente, negaram envolvimento e a justiça mandou soltar ainda na semana passada.
Apontados como mandantes no sumiço de Bigode, apresentaram várias versões para o caso, dizendo que não foram responsável pelo crime.
Investigação
“Os presos foram apontados pela investigação do Delegado Francimar da Policia Civil de Castelo de Sonhos, como suspeitos de terem tramado o assassinado e sumirem com o corpo, em 2018, do assentado Antônio Rodrigues dos Santos, conhecido como “Bigode”. Ele sumiu no dia 15 de maio de 2018, quando saiu para trabalhar em uma fazenda. Conforme a investigação , Bigode vinha denunciando desmatamento ilegal dentro de seu lote pelos grileiros locais e, segundo relatos dos assentados, estava em vias de ir denunciar um esquema de venda de lotes e grilagem no assentamento na Polícia Federal de Santarém (PA) quando desapareceu. O Corpo ainda não foi encontrado. Conforme a autoridade policial, um quarto suspeito encontra-se foragido.
Presos
Foi liberado na tarde desta segunda-feira (14) o pecuarista Messias, conhecido por Nego Messias, na quarta-feira(16) a justiça mandou soltar Roberto Aparecido de Passos, que exerce a função de chefe do Departamento de Regularização Fundiária do Município de Novo Progresso, os dois foram presos em operação da Policia Civil de castelo de Sonhos e DECA (Delegacia de Conflitos Agrários) de Santarém, suspeitos de envolvimento em crime de homicídio com sumiço do corpo do assentado “Bigode” no assentamento Terra Nossa. As prisões foram temporárias.
O Alvará de Soltura foi expedido pela juíza “Liana da Silva Hurtado Toigo”, a defesa argumentou, em sintese, ausência de elementos suficiente para manutenção da prisão dos investigados.
Raimundo Barros Cardoso, conhecido pela alcunha de “Dico”, que atualmente é presidente do Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (SINTRAF), continua preso. Outro suspeito,João Batista Braga Dias, encontra-se foragido.
Por:JORNAL FOLHA DO PROGRESSO
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