Corpo de uma mulher identificada como Sílvia Vieira foi encontrado com marcas de estrangulamento em uma casa na Zona Norte
Por Monica Prestes
Por Monica Prestes
Onze pessoas foram assassinadas na cidade em um fim de semana violento, entre as 19h de sexta-feira e a madrugada de domingo, segundo registros da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS). Em apenas dois homicídios os suspeitos foram identificados, mas ninguém foi preso pela polícia até a manhã de ontem.
Por volta das 9h de domingo uma mulher identificada como Sílvia Vieira foi encontrada morta com sinais de estrangulamento dentro de uma casa na rua 16, conjunto Oswaldo Frota 1, Zona Norte de Manaus.
De acordo com o policial militar da 15ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) Pedro Coutinho, Sílvia foi estrangulada com um cadarço de tênis enquanto dormia, por volta das 2h, mas seu corpo só foi encontrado sete horas depois, pelo dono da casa onde ela passara a noite, o comerciante Antônio Viana, 38.
O PM explicou que Sílvia, que morava em Manacapuru e fazia estágio em Manaus, encontrava-se separada há três meses do estofador Jean Fábio, que estava reformando estofados para os donos da casa há três semanas e é o principal suspeito do crime. “Os donos da casa não são parentes do estofador nem da moça, mas a conheceram durante os serviços e criaram uma simpatia por ela”, disse Coutinho.
Após trabalhar até tarde na casa onde o comerciante mora com a mulher e o filho pequeno, no último sábado, Jean, o ajudante Ataulfo Oliveira da Silva, 18, e a ex-mulher, Sílvia, tiveram autorização dos donos da casa para passar a noite na residência, sendo que Jean e o ajudante dele dormiram na sala e Sílvia dormiu sozinha no quarto do filho do casal. “Pela manhã, o casal estranhou a demora para ela levantar e a ausência do estofador, que sumiu de madrugada. Ao entrar no quarto, a encontraram morta entre as cobertas”, relatou.
Todos os documentos de Sílvia teriam sido levados pelo estofador, que continuava foragido até ontem. O ajudante de Jean e os donos da casa foram ouvidos por investigadores da DEHS ontem, mas disseram não saber o motivo do crime nem o paradeiro do suspeito.
Soldado executado
Em seis horas, entre 16h50 e 22h50 de sábado, homicídios aconteceram nos quatro cantos da cidade, com cinco ocorrências nas zonas Norte, Sul, Leste, e Oeste. Em uma delas, às 19h10, o soldado da Polícia Militar Juarez José dos Santos Medeiros, 39, foi executado com vários tiros quando bebia e jogava sinuca em um bar.
O crime aconteceu na rua Sucupira, bairro Ouro Verde, Zona Leste. O suspeito fugiu em uma motocicleta, onde outro homem o aguardava. Nenhum dos dois foi identificado.
De acordo com a polícia, a mulher do policial afirmou que o marido vinha recebendo ameaças, mas não soube dizer de quem, nem o motivo.
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