sexta-feira, 28 de março de 2025

PF PRODUZ BIO-ÓLEO A PARTIR DE MACONHA APREENDIDA

Nesta sexta-feira (28), a Polícia Federal celebra 81 anos de criação, e no Pará apresentará uma novidade para marcar a data: a geração de biocombustível utilizando maconha apreendida como matéria-prima.
O Estudo, intitulado “Projeto Cannabiocombustível”, foi realizado com o apoio das Universidades Federais do Pará e de Santa Catarina (UFPA e UFSC), com fim de gerar biocombustível a partir da decomposição da Maconha (Cannabis sativa).
O perito criminal federal Antônio Canelas explica que o reator já tem produzido bio-óleo que pode ser destilado para gerar gasolina, diesel e querosene verdes. 
O estudo ainda está em fase de ajuste a fim de alcançar maior eficácia, com melhor rendimento e qualidade.
O processo produz, ainda, um biocarvão extremamente poroso que pode servir para despoluição de águas residuais ou como fertilizante, além de um condensado aquoso (vinagre pirolítico) que pode servir como conservante de alimentos ou fungicida.
Iniciado há cerca de dois anos no Laboratório da Superintendência da PF no Pará, o estudo está em fase inicial e ainda não é possível esgotar as aplicações dos produtos gerados no processo de ruptura da estrutura molecular original da maconha. 
Pode, inclusive, ensejar descoberta de propriedades medicinais desse bio-óleo, após sua análise laboratorial. 
A iniciativa concebe a fabricação de combustível verde a partir de droga que é fruto de apreensão policial ou de órgãos de fiscalização.
Além de gerar economia para a administração pública, ao diminuir o tamanho dos locais de armazenamento e de logística dos materiais apreendidos, diminui casos de invasão de delegacias para o resgate de drogas, bem como evita a montagem de grande aparato policial para deslocamentos até o local de incineração de drogas, que muitas vezes ficam afastados dos grandes centros. 
No processo, a temperatura pode atingir 500ºC e, após implementado, a depender do tamanho do reator, pode processar mais de 1000 quilos da droga em 24 horas.
O trabalho tem participação do Prof. Dr. Nélio Teixeira (UFPA) e dos professores Dr. Adriano da Silva e Dra Ana Immichi Bueno (UFSC).

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