quarta-feira, 23 de julho de 2025

PF APREENDE 3 PORSCHE DE DONO DE EMPRESA QUE LUCROU R$ 10 BILHÕES COM G0VERNO FEDERAL

Empresa recebeu mais de R$ 10 bilhões em contratos com o governo federal

A Polícia Federal deflagrou uma operação que expõe um suposto esquema de desvio de recursos públicos envolvendo a empresa LCM Construção e Comércio, que recebeu mais de R$ 10 bilhões em contratos com o governo federal nos últimos anos.
As investigações, que fazem parte da Operação Route 156, apontam irregularidades em licitações do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), com suspeita de direcionamento de contratos e lavagem de dinheiro.
O presidente da LCM, Luiz Otávio Fontes Junqueira, foi um dos alvos das buscas realizadas na terça-feira (22). 
Durante as ações contra o esquema de corrupção no Governo Federal, a PF apreendeu três carros da marca Porsche na residência do empresário, em Nova Lima (MG).
Segundo a Justiça Federal, Junqueira teria se beneficiado de licitações fraudadas, com indícios de lavagem de dinheiro por meio de saques fracionados totalizando R$ 680 mil.
Empresa cresceu após Lava Jato revelar esquema no governo
A LCM, criada em 2014, cresceu rapidamente após a Operação Lava Jato, que enfraqueceu grandes empreiteiras envolvidas em corrupção. Desde então, a empresa acumulou contratos bilionários com o Dnit em diversos estados, com exceção de São Paulo e Goiás.
Somente em 2023, no primeiro ano do governo Lula, a LCM firmou contratos no valor de R$ 10 bilhões. 
Durante o governo Bolsonaro, os repasses somaram R$ 6,9 bilhões.
Operação Route 156
A Operação Route 156 investiga fraudes em licitações para obras na BR-156, no Amapá, onde suspeitas apontam para um esquema criminoso dentro da Superintendência Regional do Dnit. 
O superintendente Marcello Linhares foi afastado por 10 dias por determinação judicial.
Além disso, o nome do suplente do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, foi citado na investigação, devido a suspeitas de que seu segundo suplente, Breno Chaves Pinto, teria usado influência política e no governo para liberar verbas.
Em nota, a LCM negou qualquer irregularidade e afirmou que colabora com as investigações. 
O Dnit também se manifestou, destacando que repudia práticas fraudulentas e que está apurando os fatos internamente.
Os valores recebidos pela LCM, supostamente provenientes de um esquema de corrupção no Governo Federal, incluem ainda R$ 418 milhões em emendas parlamentares, sendo R$ 71 milhões provenientes do chamado “orçamento secreto”. 
A investigação continua, e novas medidas podem ser tomadas à medida que a PF avança na apuração dos fatos.
Fonte : Portal Tucumã

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