quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Lula rifou área de Comunicação em nome da governabilidade, criticam aliados


Desde ontem, quando estava claro que a nomeação do deputado Paulo Teixeira (PT-SP) para o Ministério das Comunicações havia subido no telhado, uma parte dos aliados de Lula vem soltando impropérios contra a decisão de entregar a pasta para o União Brasil. A questão não é ser um ministro do PT, tanto que o nome do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também era defendido. Na avaliação de deputados, senadores, membros do grupo de trabalho sobre o tema na transição e especialistas no tema ouvidos pela coluna, o novo governo rifou uma área estratégica em nome de uma esperança de governabilidade a partir de um suposto apoio do União Brasil.
O indicado para a pasta, nesta quinta (29), foi o deputado federal Juscelino Filho (UB-MA), que não conta com atuação na área e chegou a ser cotado para o Ministério do Turismo. Ele votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff em 2016. Com isso, o União Brasil indicou, na prática, três pastas: além de Comunicações, Turismo (com a deputada Daniela do Waguinho, do Rio) e Integração Nacional - com o governador Waldez Góes, que apesar de ser do PDT do Amapá, foi indicado pelo senador Davi Alcolumbre (UB-AP) e deve sair do partido. O União Brasil não teve a mesma relação com a candidatura Lula que o MDB e o PSD, que também levaram três pastas cada, mas "sentou na janelinha".

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