Zé Maria Tapajós tem gesto que comprova suas disposição em manter diálogo com segmentos da sociedade civil
![]() |
Prefeito de Santarém José Maria Tapajós |
O Prefeito Zé Maria Tapajós deu fim à polêmica que envolvia a tentativa de renomear o Parque da Cidade, em Santarém, no oeste do Pará.
Foi publicado no Diário Oficial dos Municípios nesta sexta-feira (22), o ato do gestor que sanciona a Lei nº 22.611/2025, que revoga a anterior, a qual havia batizado o espaço como Parque Municipal Anivaldo Juvenil do Vale, e confirma a nomenclatura tradicional do espaço como Complexo de Esporte e Lazer do Parque da Cidade.
A decisão, considerada uma vitória da sociedade santarena, encerra um capítulo conturbado da política local e reafirma o poder da participação popular na defesa dos símbolos coletivos.
No dia 1º de julho, a Câmara Municipal de Santarém aprovou de forma discreta o projeto de lei de autoria do Executivo que alterava o nome do Parque da Cidade para homenagear o ex-deputado federal Anivaldo Juvenil do Vale. A mudança pegou a população de surpresa e provocou forte reação negativa nas redes sociais.
A proposta foi criticada por ter sido aprovada sem debate público, e por tentar substituir um nome já consolidado no imaginário santareno por uma homenagem política.
O Portal OESTADONET se posicionou contra a medida desde o primeiro momento, por meio de editorial publicado no dia 2 de julho, alertando que a renomeação "desrespeitava a memória coletiva da cidade".
Diante da repercussão, o prefeito chegou a declarar que não sancionaria a lei, mas recuou temporariamente da decisão. Agora, com a sancionada Lei nº 22.611, o caso está definitivamente encerrado.
O texto da nova lei mantém o nome popularmente utilizado, Parque da Cidade, e oficializa a nomenclatura do seu espaço esportivo como "Complexo de Esporte e Lazer do Parque da Cidade". A área está localizada entre a Avenida Sérgio Henn e a Rua do Bosque, abrangendo também a Travessa Bartolomeu de Gusmão e a Avenida Barão do Rio Branco, e é hoje um dos principais pontos de encontro e lazer dos santarenos.
A resistência da sociedade civil, o engajamento nas redes e a cobertura crítica da imprensa demonstraram, mais uma vez, que a participação cidadã é essencial para a preservação de espaços públicos e simbólicos.
A tentativa de renomeação, vista por muitos como um gesto político desnecessário, mobilizou moradores, ativistas e comunicadores locais, todos unificados na defesa de um nome que nasceu do uso coletivo e espontâneo da população: Parque da Cidade.
O editorial do OESTADONET frisava: “O nome Parque da Cidade já está consagrado entre os santarenos, e não por obra do acaso, mas por uma escolha natural, feita pela própria comunidade.”
Essa posição foi confirmada pela nova legislação municipal, que revoga expressamente a Lei nº 22.609/2025, que havia oficializado o nome do ex-deputado.
Com a nova lei em vigor, o Parque da Cidade mantém o nome que nunca precisou de decreto para ser reconhecido, pois já havia sido batizado pelo próprio povo.
Uma lição sobre pertencimento, democracia e a importância dos símbolos urbanos.
Fonte: Ostadonet
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe do Blog do Xarope e deixe seus comentários, críticas e sugestões.