"Foi a paixão pelo futebol que tornou o garoto, descrito por ele próprio como “alguém que não gostava tanto assim de ler e escrever”, em um dos vencedores da Olimpíada de Língua Portuguesa com o texto “Planaltão forever”, vencedor da categoria crônica. Vinte estudantes de todo o país participaram da premiação, realizada no último dia 10".
(Foto: Divulgação)
O Planaltão era o lugar favorito de Pedro Henrique Siqueira de Souza, 14 anos, e os amigos
de Novo Progresso, município do oeste paraense. O terreno baldio não
tinha nada demais. Para os meninos que se encontravam lá todos os dias
e jogavam bola era um lugar tão sagrado quanto a Meca para os
mulçumanos.
Foi a paixão pelo futebol que tornou o garoto, descrito por ele próprio como “alguém que não gostava tanto assim de ler e escrever”, em um dos vencedores da Olimpíada de Língua Portuguesa com o texto “Planaltão forever”, vencedor da categoria crônica. Vinte estudantes de todo o país participaram da premiação, realizada no último dia 10. Além da crônica, a olimpíada premia memórias, poema e artigo de opinião.
Foi a paixão pelo futebol que tornou o garoto, descrito por ele próprio como “alguém que não gostava tanto assim de ler e escrever”, em um dos vencedores da Olimpíada de Língua Portuguesa com o texto “Planaltão forever”, vencedor da categoria crônica. Vinte estudantes de todo o país participaram da premiação, realizada no último dia 10. Além da crônica, a olimpíada premia memórias, poema e artigo de opinião.
O tema do concurso, do qual participaram três milhões de alunos da rede pública de 5.092 municípios brasileiros,
era “O Lugar Onde Vivo”. Aluno do nono ano do ensino fundamental da
escola municipal Tancredo Neves, Pedro Henrique diz que pegou o ritmo
dramático que emprega em sua redação do caderno de esporte, uma das
poucas seções que ainda acompanha além das piadas na internet.
“Quando chegavam os moleques fazíamos a contagem, se conseguíssemos seis para cada lado, não importava se eram amigos ou inimigos, os times estavam formados e era só um gritar, num dialeto bem paraense: “Agora tá du vale!” (está valendo), que a paz acabava. Era sebo nas canelas, partíamos pro jogo, ali virava um campo de batalha, cada um com a sua estratégia, porque ser treinador ninguém queria, queríamos mesmo era a magia da pelota”, descreve de forma dramática no texto.
“Quando chegavam os moleques fazíamos a contagem, se conseguíssemos seis para cada lado, não importava se eram amigos ou inimigos, os times estavam formados e era só um gritar, num dialeto bem paraense: “Agora tá du vale!” (está valendo), que a paz acabava. Era sebo nas canelas, partíamos pro jogo, ali virava um campo de batalha, cada um com a sua estratégia, porque ser treinador ninguém queria, queríamos mesmo era a magia da pelota”, descreve de forma dramática no texto.
“Sou flamenguista de coração, mas também torço para o Paysandu. Sempre
me empolguei com os comentaristas, gosto de ver o jogo pela tevê por
causa disso”, conta em entrevista por telefone de Novo Progresso.
A ajuda foi dada pela professora Núbia Silvana Lima Machado Franchini,
que também foi premiada na olimpíada, assim como a escola. Além da
medalha, Pedro vai pra casa com um notebook.
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