Um
dos golpes mais usados pelos criminosos em caixas eletrônicos, o
chamado “chupa-cabra”, que consiste em uma placa acoplada à tela do
monitor do terminal, cuja função é copiar as informações do cartão e
reter o dinheiro sacado para depois ser recolhido pelos criminosos, pode
fazer mais de 500 vítimas em apenas um dia.
Quem quase foi vítima do golpe foi o publicitário Antônio Carvalho, de 34 anos, morador de Belém. Ele entrou em contato com o DOL após tentar depositar em um caixa eletrônico localizado na avenida Braz de Aguiar, no bairro de Nazaré, para alertar o perigo.
Ao colocar o envelope na
máquina, ele percebeu que o papel entrava com dificuldade na máquina,
que acabou retendo o dinheiro. “Fui examinar o buraco e encontrei o
aparelho. Inclusive, lembrei de publicações sobre o golpe que eu havia
lido no DOL e identifiquei o ‘chupa-cabra’. Se não tivesse lido, acho que não iria saber o que era”, conta.
Ele acionou a polícia e o
gerente do banco, que informou que pelo menos cinco pessoas haviam
sofrido o golpe naquela agência. O banco ressarciu a vítima.
A delegada Beatriz
Silveira, da Delegacia de Repressão à Crimes Tecnológicos (DRCT) da
Polícia Civil, conta que os usuários de caixas eletrônicos devem prestar
bastante atenção ao usar as máquinas.
“Micro-furos e ranhuras
ao redor da tela do caixa eletrônico, compartimento onde se coloca o
cartão frouxo e máquinas que costumam dar erro são indícios de aparelhos
adulterados”, alerta a delegada.
Ela ainda recomenda que
os usuários procurem utilizar preferencialmente os caixas eletrônicos de
agências bancárias, com câmeras de segurança e em locais movimentados,
para evitar o golpe.
Em 2012, a DRCT prendeu
quatro quadrilhas especializadas no golpe, no qual acredita que tenham
sido responsáveis por cerca de cinco mil crimes.
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