domingo, 3 de novembro de 2013

Depois da Celpa, Simão Jatene quer vender a Cosanpa,haja grana


Os tucanos após vender a Celpa, agora querem a grana da privatização da Cosanpa

 O Pará está entre os piores Estados no ranking dos serviços de água e esgoto.  Menos de 6% da população contam com esses serviços.
Matéria publicada no jornal de economia e negócios Valor Econômico voltou a acender a luz vermelha entre os que lutam contra a privatização dos serviços de água e esgoto no Pará. Segundo o jornal, a OAS Soluções Ambientais, uma das gigantes do setor trabalha em três Procedimentos de Manifestação de Interesse (PMIs) para atender cidades da Região Metropolitana de Belém, incluindo a capital. As outras cidades provavelmente seriam Ananindeua e Marituba. Os Procedimentos de Manifestação de Interesse são uma etapa inicial dos estudos para possíveis concessões ou Parceria Público Privado (PPP).
Ao Valor Econômico, o presidente da OAS Soluções Ambientais, Louzival Mascarenhas Júnior confirma o interesse. “Estamos em fase de estudo ainda, mas a modelagem deve ser uma PPP e os investimentos podem superar R$ 5 bilhões”, disse. “As PP são uma privatização disfarçada. Vamos lutar contra, entrar na Justiça, grevar. Fazer o que estiver ao nosso alcance par anos contrapor. Para nós a água não é uma mercadoria, mas um bem público que tem que ser administrado pelo Estado”, diz diretor do Sindicato dos Urbanitários Otávio Pinheiro. 
O Pará está entre os piores Estados no ranking dos serviços de água e esgoto. A área de interesse da OAS Soluções Ambientais reúne cerca de 2 milhões de habitantes e menos da metade teriam abastecimento regular de água. No que diz respeito à coleta e tratamento de esgoto, os indicadores são ainda mais pífios. Menos de 6% da população contam com esses serviços.
Ao assumir o governo, Simão Jatene negou reiteradas vezes que pretendesse passar os serviços para a iniciativa privada e anunciou uma série de investimentos para ampliar o atendimento. A maioria dos recursos vem do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal e podem somar mais de R$ 100 milhões na melhoria da estrutura da empresa, segundo dados que vêm sendo divulgados pelo próprio governo do Estado. Caso a privatização se concretize, serão recursos públicos aplicados em uma empresa que, em breve, estará nas mãos da iniciativa privada.
Não é difícil imaginar o que está por trás desse manto de silêncio, além do fato de estarem as conversações entre as partes em estágio ainda preliminar. Firmes em suas convicções privatistas, mesmo quando elas se chocam com o interesse público, os tucanos do Pará carregam em seu histórico uma experiência nesta área que, pelo menos para o povo paraense, se revelou traumática. A privatização da Celpa, afinal, não foi nunca – muito pelo contrário –, aquela maravilha prometida na época de sua venda. 

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