Quero estudar com você Efésios capítulo
seis, versículo 12: “Porque a nossa luta não é contra o sangue e a
carne, e, sim, contra os principados e potestades, contra os dominadores
deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões
celestes”.
Perceba que nesse verso o apóstolo Paulo
menciona forças espirituais com as quais o cristão tem de lutar. São
forças do mal empenhadas numa cósmica luta contra as forças do bem. No
que respeita a nós homens, elas trabalham para nos enganar, para nos
arruinar espiritual e fisicamente, para nos levar à perdição eterna.
Mas onde e
como se originaram tais forças? Por estranho que pareça, a Bíblia revela
que se originaram no céu, entre os anjos de Deus. E foi o mais ilustre e
destacado deles que primeiro aninhou o mal no coração. O seu nome:
Lúcifer, que significa “portador de luz”. Descrevendo-o, sob o símbolo
do rei de Tiro, a Bíblia registra: “Estavas no Éden, jardim de Deus; de
todas as pedras preciosas te cobrias” (Ezequiel 28:13 e 14). Lúcifer era
o anjo assistente de Deus. Mas se orgulhava de sua beleza e da elevada
posição que ocupava. O profeta escreveu ainda mais: “Elevou-se o teu
coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por
causa do teu resplendor” (versículo 17).
Noutra parte encontramos: “Tu dizias no
teu coração: subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao
Altíssimo” (Isaías 14:13 e 14).
Movido pelo desejo de exaltação, Lúcifer
semeou entre os anjos acusações contra o Rei do Universo. Muitos – a
terça parte – aceitaram suas idéias e aderiram à sua causa (Apocalipse
12:3 e 4). Houve guerra no céu e de lá foi expulso Lúcifer e seus
seguidores (Apocalipse 12:7 e 9).
E como foi a raça humana envolvida nessa
luta? Ocultando a sua identidade, Satanás induziu Eva, nossa primeira
mãe, a desobedecer uma ordem de Deus. Havia no Jardim do Éden uma árvore
cujo fruto eles não deviam comer. Se comessem dela ficariam sujeitos à
morte. Disfarçando-se de serpente, Satanás se colocou na árvore e
induziu Eva a comer o fruto proibido, afirmando que ela não morreria.
Eva comeu do fruto e Adão também. Assim, entrou o pecado no mundo,
separando o homem de Deus e ficando o primeiro casal, bem como seus
descendentes, sujeitos à ação do inimigo do bem e seus anjos.
Deus, porém, não abandonou o homem porque
este Lhe desobedeceu. Em Gênesis três, versículo 15, temos a promessa
do descendente da mulher – Jesus – que viria e esmagaria a cabeça da
serpente – o diabo.
O pivô da controvérsia entre as forças do
bem e as forças do mal é a Lei de Deus. Segundo o diabo, a lei divina é
arbitrária, restringe a liberdade individual, é impossível de ser
obedecida.
Quando Jesus esteve na Terra ele tentou o
Salvador especialmente no que respeita à obediência. Após um jejum de
40 dias e 40 noites, o Senhor teve fome, e Satanás se aproveitou da
tentação para lhe tentar. Não teve êxito.
E a cósmica controvérsia entre as forças
do bem e as do mal atingiu seu clímax no Calvário. Pela ação de Satanás
os líderes religiosos da nação escolhida rejeitaram e perseguiram o
Enviado do Céu. Jesus foi entregue ao poder dominante dos romanos. Um
dos discípulos traiu a Cristo. Em conexão com Seu julgamento foi Ele
açoitado, cuspido. E, em meio a zombarias, foi por fim crucificado. Mas o
amor e fiel obediência que Cristo demonstrou, diante da crueldade de
Satanás, desmascararam o arqui-rebelde e asseguraram, a sua destruição.
Hoje a grande controvérsia se desenrolada
furiosamente em torno da autoridade de Cristo, a Lei de Deus e a
Palavra do Senhor – a Bíblia. Foram desenvolvidos modos de encarar a
interpretação das Escrituras que deixam pouco ou nenhum espaço para
revelação divina. A Bíblia é tratada como se não fosse diferente de
outros livros antigos, e analisada com a mesma metodologia. Grande
número de cristãos, incluindo teólogos, não encaram a Bíblia como a
Palavra de Deus, a infalível revelação de Sua vontade. Colocam em dúvida
o ensino bíblico sobre Jesus, questionando a Sua natureza, o Seu
nascimento virginal, os Seus milagres e Sua ressurreição.
Como seres humanos enfrentamos, pois uma
luta mortal contra os poderes das trevas. Repetindo as palavras de
Paulo: “… a nossa luta não é contra sangue e a carne, e, sim, contra os
principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso,
contra as forças espirituais do mal…” (Efésios 6:12). Os anjos caídos
nos tentam ao pecado. Tudo fazem para enganar, para fazer crer na
mentira. Apresentam-se como espíritos dos mortos, operam milagres,
curas. Fazem adivinhações. Tudo para desviar a humanidade de Deus, de
Jesus.
Para vencermos nesta luta nós
necessitamos de Deus. O apóstolo afirma: “Portanto, tomai toda a
armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau” (Efésios 6:13 a
18). Nesses versos a armadura é descrita com detalhes. Devemos estar
cobertos com a verdade; vestidos da couraça da justiça, a justiça de
Cristo; segurar o escudo da fé – a fé em Jesus e usar a espada do
Espírito, que é a Bíblia Sagrada.
Gostaria de destacar, nessa armadura, a
fé em Cristo, que venceu Satanás. A fé nos une ao Salvador, que nos
estende todo o poder para a vitória sobre o mal. É ainda o apóstolo
Paulo que diz em Filipenses 4:13: “Posso enfrentar todas as situações
pelo poder que Cristo me dá”.
Prezado amigo, diante dessa grande guerra
entre o bem e o mal, diante da ação de tão perigosos inimigos, vá ao
Salvador Jesus agora. Confie nEle e receba o poder e a vitória sobre o
pecado e tenha paz com Deus.
Pr. Montano de Barros
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