Ela acusada de lavagem de dinheiro, corrupção e envolvimento em milícia
Glaucia Oliveira, advogada, e Leonardo, major da Polícia Militar. Um casal admirado por todos em Tucuruí até a Justiça do estado fazer suas máscaras caírem e surpreender com a verdade: a especialidade da dupla não era a justiça, mas o crime.
Após o marido ser preso na última sexta-feira (8), hoje a justiça decretou a prisão de sua esposa, a advogada Glaucia Rodrigues Brasil Oliveira, ex-procuradora do município de Tucuruí, no sudeste paraense. De acordo com informações da Polícia Civil, ela e o marido são os mentores de uma quadrilha especializada nos crimes de lavagem de dinheiro, receptação, corrupção passiva e prática de milícia privada na região.
OS CRIMES
Segundo a Justiça, Glaucia e Leonardo agiam para roubar terras ocupadas por trabalhadores rurais na cidade. A dupla utilizava vários documentos falsificados e se apresentava nos locais como representante da Justiça. Glaucia e o marido alegavam que estavam cumprindo ordem de reintegração de posse e faziam com que os trabalhadores abandonassem as terras. De acordo com as investigações, Glaucia Oliveira e o marido agiam a mando de um grupo de grileiros (invasores e ladrões de terras públicas) de Tucuruí.
Glaucia e Leonardo também são acusados de comandar um esquema de receptação e clonagem de placas e chassis de veículos roubados na região. Há quatro meses houve a apreensão de três carros roubados, que de acordo com as investigações passariam pelas mãos da advogada, que trataria da clonagem, os repassando em seguida com documentos falsificados.
Gláucia prestou depoimento na tarde de hoje na Delegacia Geral da Polícia Civil em Belém. O delegado Claudio Galeno está à frente do inquérito que apura a detenção da advogada. A prisão foi determinada pela Justiça.
MARIDO JÁ ESTÁ PRESO
Major Leonardo, que é o marido da advogada e principal comparsa dos crimes citados, foi preso na última sexta-feira (8), acusado dos mesmos crimes de Glaucia. O major do crime encontra-se ainda detido aguardando o término das investigações.
(Igor Wilson)
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