A prefeita que não governa, mas enriquece. Assim é vista Amanda Oliveira e Silva (PSDB), mais conhecida como “Amanda Martins”, prefeita do Acará, região nordeste do Pará. Mais que isso: nem na cidade a tucana mora, mas sim em um prédio da Batista Campos, em Belém.
Diversas irregularidades foram denunciadas à Promotoria de Justiça da Comarca do Acará e já estão sendo investigadas pelo Grupo de Atuação no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Pará (MP/PA).
As denúncias revelam uma possível “divisão” de poder familiar no comando do município, envolvendo ainda seu marido, José Carlos da Silva Lima, e sua mãe, Francisca Oliveira Martins e Silva, que também é ex-prefeita da cidade. A família seria próxima ao Governador Simão Jatene.
Francisca, que já havia sido condenada anos atrás pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por não prestar contas de recursos federais repassados a um projeto social, atualmente é servidora pública da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa). Já José Carlos não possui emprego formal, mas, segundo a denúncia, tem vários imóveis alugados em Belém, em especial, no bairro do Guamá.
“Quem define quais empresas irão se sagrar vencedoras dos processos licitatórios é ele (José Carlos), bem como, depois de contratadas, somente ele é quem faz o pagamento dos prestadores de serviços e dos fornecedores, por vezes acompanhado da Secretária de Finanças, Edna Socorro dos Santos”, informa o autor da denúncia, Enoque Costa da Silva, morador do município, que alerta ainda que os casos de corrupção se intensificaram a partir de janeiro de 2017.
DISPENSA DE LICITAÇÃO
Com a manobra, contratos suspeitos começaram a ser assinados. O primeiro foi em fevereiro de 2017, no valor de R$ 554.080,00 por três meses, prorrogado ilicitamente por igual período (e valor de R$ 110.160,00), com a Empresa Preserve Coleta de Resíduos LTDA – EPP, para fazer a coleta de lixo hospitalar. Seis meses depois, em agosto, um novo contrato foi assinado e ainda segue em vigência. Desta vez, pelo Fundo Municipal de Saúde - FMS, no valor total de R$ 403.200,00.
As irregularidades não param por aí. A Preserve faz apenas coleta do lixo do hospital da cidade e não das demais unidades de saúde do município, ação que fica à cargo da Secretaria de Saúde, que depois sim, encaminha o material coletado até o hospital para ser recolhido, encarecendo o serviço que poderia ser feito de uma só vez.
O balanço do lixo recolhido é ínfimo: segundo a “Folha de Manifesto de Retirada de Resíduos”, é possível ver, por exemplo, que as coletas do mês de abril de 2017 foram realizadas em apenas três dias no mês, resultando em 212 quilos retirados.
A partir daí, de maio a outubro, nem um grama sequer foi citado no documento, sugerindo então que não houve retirada alguma. Em julho, por exemplo, nenhuma coleta foi realizada, o que seria suficiente para impedir o repasse de recursos à empresa. No entanto, não é isto que acontece. Mensalmente, a empresa segue recebendo de modo uniforme a quantia de R$18.360,00, mesmo que não pratique a ação esperada quando foi contratada.
obs; acho também que o dinheiro que vem pra saúde eles os martins desviam pra casa de apoio deles
ResponderExcluirobs; acho que a desvio de recurso da saúde pra essa casa de apoio da família martins ai TCM fiquem de olho!!
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