No acumulado de janeiro a junho deste ano, as exportações do Pará tiveram um crescimento de 68,57%, em comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com dados do Ministério da Economia, analisados e divulgados pelo Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Pará (CIN/FIEPA), o Estado exportou já um total de US$ 14.050.025.581 bilhões. Diferentemente de 2020, quando terminou o semestre em 3º lugar em saldo, este ano, subiu para a primeira colocação no ranking nacional, à frente de estados como Minas Gerais, Mato Grosso e Rio de Janeiro.
Para a coordenadora do CIN/FIEPA, Cassandra Lobato, o resultado é coerente com a mudança de cenário na pandemia, ocasionada entre outros fatores, pelo avanço da vacina no Brasil e em outros importantes parceiros internacionais. “Em 2020 as perspectivas eram bem difíceis, pois ainda estávamos nos adaptando a um cenário de pandemia, o que consequentemente, gerou maior cautela entre os compradores internacionais e em toda a cadeia produtiva. Já nesse primeiro semestre, a economia de mercado, juntamente com o empreendedorismo das empresas brasileiras, permitiu uma retomada nos negócios e isso se refletiu diretamente nas nossas exportações e no mercado internacional como um todo”, analisa Cassandra.
O setor mineral também fechou o semestre em alta. Diferentemente de 2020, quando exportou pouco mais de US$ 7 bilhões no período, este ano negociou com o mercado internacional o volume de US$ 12.990 bilhões, passando a representar 92,46% das exportações realizadas no Estado. Apesar da hegemonia do minério de ferro bruto, que exportou US$ 10.367.438.508 bilhões, principalmente para a China, o produto mineral com melhor desempenho foi o ferro-níquel, com um crescimento de 129,10%. Já a alumina calcinada, que no primeiro semestre do ano passado cresceu 9,2%, este ano ficou com uma variação negativa de 13,6% de janeiro a junho.
“O resultado da nossa balança demonstra novamente a importância que a mineração tem para a economia paraense. Seu crescimento gera mais dividendos para o Estado, além de emprego e renda de forma direta e indireta. O que esperamos agora para o segundo semestre é que esse cenário continue positivo para o setor e que, com o avanço da vacinação, outros setores possam se recuperar da crise e aumentar sua contribuição para um maior alcance desse desenvolvimento em várias regiões do Pará”, analisa José Conrado Santos, presidente do Sistema FIEPA.
Apesar de apresentar um crescimento de 1,8%, índice abaixo do alcançado em 2020 quando apresentou uma variação positiva de 48,39%, a soja se manteve como um dos principais produtos da balança, com um volume exportado de US$ 506.442.247 milhões. Em seguida, estão as carnes de bovinos, com um valor exportado de US$ 223.922.555 milhões, e a madeira, que exportou US$ 107.858.444, com variação positiva de 6,61%.
Devido à influência principalmente da mineração e da soja, 72,64% de tudo que é exportado pelo Estado hoje vai para o continente asiático. Nos seis primeiros meses deste ano, as exportações para a Ásia aumentaram 87,91%, com um volume exportado de US$ 10.205.602.986 bilhões. O segundo bloco econômico que mais compra do Pará é a União Europeia, com cerca de US$ 2.227 bilhões em negócios.
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