Rio Tapajós está 1,32 metros abaixo da marca registrada no ano passado
O município de Santarém, no oeste do Pará, enfrenta um período crítico de estiagem que provocou uma queda acentuada do nível do rio Tapajós. De acordo com o boletim da Defesa Civil divulgado nesta quarta-feira (2), o nível do rio chegou a 30 centímetros, um cenário preocupante para a região. O registro da régua da Agência Nacional das Águas (ANA), instalado no porto da Companhia Docas do Pará (CDP), mostra que as águas recuaram 34 centímetros nos últimos cinco dias.A medição feita hoje mostra que o rio Tapajós está 1,32 metros abaixo da marca registrada no ano passado. No comparativo ao ano de 2015, o rio está 4,24 metros menor e com o ano de 2010, o recuou é de 1,10 metros abaixo, A cota de alerta é de 2,10 metros.
Em 2023, o nível do rio Tapajós, nesta mesma data, marcava 1,62 metros.
A situação tem gerado impactos na vida da população ribeirinha e nas áreas urbanas dependentes do rio para atividades econômicas e cotidianas. Conforme relatado pelo coordenador da Defesa Civil de Santarém, Darlisson Maia, o órgão está monitorando de perto as áreas mais afetadas pela seca. “A estiagem já está atingindo diversas comunidades, e estamos dando assistência a centenas de famílias que dependem diretamente do rio para sua subsistência”, afirmou Maia.A Prefeitura de Santarém, em parceria com a Defesa Civil, está mobilizando esforços para levar ajuda emergencial às localidades mais impactadas. As ações incluem a distribuição de água potável e outros itens essenciais para as famílias afetadas pela escassez de água e dificuldades de navegação, já que a seca tem dificultado o acesso a algumas comunidades isoladas.Com o rio Tapajós recuando a níveis tão baixos, as consequências são sentidas especialmente pelos moradores das áreas ribeirinhas, que enfrentam desafios para o transporte fluvial e para a obtenção de água potável. Em muitos casos, as embarcações são impossibilitadas de navegar, prejudicando o abastecimento de comunidades isoladas.Além disso, a agricultura local, que depende do rio para segurança, também sofre com uma estiagem prolongada, comprometendo as plantações e, consequentemente, a economia de Santarém.
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