Entre os itens mais analisados pelos peritos estão bebidas alcoólicas, roupas, eletrônicos, brinquedos, medicamentos e suplementos vitamínicos.
A Polícia Científica do Pará (PCEPA), por meio do setor de Grafodocumentoscopia do Instituto de Criminalística, tem atuado com frequência crescente na realização de perícias em produtos suspeitos de falsificação, como parte das atividades de proteção à propriedade intelectual e à segurança do consumidor.
O trabalho é voltado à identificação de fraudes em marcas e patentes, com foco na autenticidade de produtos comercializados no estado.
Entre os itens mais analisados pelos peritos estão bebidas alcoólicas, roupas, eletrônicos, brinquedos, medicamentos e suplementos vitamínicos.
Segundo o perito criminal Ivanildo de Almeida Rodrigues, a atuação da equipe tem sido fundamental para identificar falsificações que colocam em risco a saúde e até a vida das pessoas.
“Recebemos produtos como whisky, vodka, cabos e carregadores de smartphones, brinquedos e roupas.
Nosso trabalho é verificar a autenticidade e garantir que esses produtos estejam em conformidade com as normas”, explica Ivanildo.
Indícios de falsificação
O perito alerta que preços muito abaixo do mercado e embalagens com lacres rompidos ou adulterados são sinais claros de que o produto pode ser falsificado.
Além disso, recomenda que os consumidores fiquem atentos a detalhes como:Presença de etiquetas com dados completos do fabricante ou importador;
Existência de QR Code ou código de barras funcional, que redirecione ao site oficial da marca;
Qualidade do corte e costura em peças de vestuário;
Integridade dos lacres em bebidas alcoólicas e medicamentos.
“Com um smartphone, qualquer pessoa pode escanear o QR Code e verificar a procedência do produto.
É um passo simples que pode evitar muitos problemas”, destaca.

O uso de produtos falsificados vai além do prejuízo econômico.
Pode representar riscos graves à saúde e à integridade física, principalmente no caso de eletrônicos mal fabricados, que podem superaquecer ou explodir, e de brinquedos que não seguem normas de segurança, colocando crianças em perigo.
Ivanildo relembra um caso ocorrido em 2024, na cidade de Istambul, na Turquia, onde mais de 30 pessoas morreram após ingerirem bebida adulterada.
“Esse tipo de tragédia reforça a importância do consumo consciente e da fiscalização contínua”, afirma.
Como denunciar
Caso o consumidor desconfie da procedência de um produto, deve registrar um Boletim de Ocorrência (B.O.) em uma Delegacia da Polícia Civil.
A denúncia é fundamental para que a Polícia Científica possa atuar na análise do material e auxiliar nas investigações de crimes contra o consumidor e contra a saúde pública.
Fonte : Estado do Pará on - line
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