Já implementado em diversas rodovias pelo território nacional, o pedágio é novidade no estado e já tem chamado atenção dos paraenses, principalmente de quem utiliza as rotas com frequência.
A expectativa da empresa Rota do Pará é que partir de 00h do dia 01/08 haverá início da operação em fase de teste, ou “pedagógica” nas praças de pedágio 1,2,7 e 8, não havendo cobrança e atuando de forma a orientar os motoristas sobre o uso das praças de pedágio e serviços disponíveis.
A cobrança será efetuada a partir de 00h do dia 15/08/2025.
A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Seinfra), afirmou em nota que a cobrança será liberada apenas após conclusão seguida de vistoria do cumprimento de modernização e revitalização das vias
Nos 526,2 km da PA (PA-150, PA-475, PA-483 e da Alça Viária, além de trechos da PA-252 e PA-151.) concedidos à empresa privada Rota do Pará, a expectativa é mais segurança ao longo dos trechos e uma manutenção mais contínua, criação de postos de descanso para motoristas, banheiros para higiene pessoal, entre outros serviços de modernização e segurança.
De acordo com a empresa, o objetivo é transformar os trechos adquiridos em rotas com tráfego mais seguro, fluxo de automóveis desafogado e assistência 24 horas de guincho e ambulâncias.
Quanto vai custar o pedágio?
Como estabelecido ainda em 2023 quando a empresa adquiriu a concessão da rota, motociclistas serão isentos, de acordo com Wilton Filho, diretor presidente da Rota do Pará, empresa e governo do estado entraram em consenso sobre a decisão observando o grande uso do automóvel pelos moradores de áreas mais rurais.
“Quando assinamos o contrato, o Governo do Estado do Pará e a Rota do Pará, entendendo a realidade local, estabeleceram que as motos teriam isenção na tarifa, ou seja, não pagarão pedágio. Sabemos como este modelo de transporte é importante para a população, em especial de quem mora na zona rural dos municípios”, afirmou Filho.
Veículos oficiais da União, Estados e Municípios, também serão isentos.
Sobre os outros veículos a empresa ainda não confirmou valores, mas estima que a taxa por trecho vai custar em torno de R$10,00, um dos valores mais baixos se comparado a outros pedágios da esfera nacional.
A Seinfra ainda não confirma o valor da tarifa, mas afirmou que “O valor da tarifa ainda não foi definido e será calculado pela Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Estado do Pará (Artran), conforme critérios estabelecidos em contrato.
As tarifas de pedágio serão diferenciadas por categoria de veículos, considerando o número de eixos e o tipo de rodagem”.
Será aceito como pagamento: dinheiro em espécie, cartões de crédito e débito (sem tarifa adicional), PIX, e sistema automático de TAG, também conhecido por sistema eletrônico de cobrança (AVI).
Para usuários de automóveis de passeio que frequentemente transitarem pelas praças de pedágio será garantido o Desconto de Usuário Frequente (DUF).
A quem optar pelo sistema eletrônico de cobrança (AVI), o desconto será aplicado em todas as praças de pedágio em operação no respectivo trecho, de acordo com uso mensal.
O desconto será dado aos usuários que trafegarem por uma mesma praça, no mesmo sentido, no mínimo duas vezes.
Expectativas de praças de pedágio no Pará
Por ser uma concessão privada, o pedágio fica sob responsabilidade da empresa que adquiriu os direitos de trabalhar nas áreas destinadas. A Rota do Pará possui domínio sobre a área por 30 anos, iniciada em 2023, a expectativa é que a empresa permaneça até 2054.
De acordo com a estimativa da empresa, o retorno econômico para a sociedade será de R$2,6 bilhões em impostos e R$2,9 bilhões em economia pública, gerando empregos diretos e indiretos.
O diretor presidente da Rota do Pará, afirmou que os investimentos foram planejados em três ciclos: o primeiro foi um investimento acima de R$245milhões para manutenções mais urgentes, sinalizações, limpezas, e implementação de serviços de inspeções, ambulâncias e guinchos.
“O segundo ciclo de investimentos, entre os anos de 2026 e 2030, incluirão obras de ampliação de capacidade e novas melhorias.
Já a partir de 2031 até 2054, haverá mais obras de melhorias,ampliações e manutenções”, acrescentou Wilton Filho.
As cidades de Abaetetuba, Acará, Barcarena, Breu Branco, Goianésia do Pará, Ipixuna do Pará, Jacundá, Marabá, Moju, Nova Ipixuna, Tailândia e a Alça Viária já tiveram melhorias estruturais quanto aos trechos de tráfego, mas a empresa planeja maximizar cada vez mais as rodovias durante esses 30 anos: serão 246,8km em acostamento nos dois sentidos, 11 passarelas de pedestres, 52 unidades de alargamentos, como pontes.
A monitoração do sistema de pedágios será realizada durante as 24 horas do dia com auxílio tecnológico.
Fonte : O Liberal
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