segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Tentativa frustada

Presa quadrilha que tentou fraudar concurso da PM

"A quadrilha foi presa no momento em que tentavam repassar o gabarito da prova por meio de mensagem de celular para outros candidatos".

(Foto: Polícia Civil )
Presa quadrilha que tentou fraudar concurso da PM (Foto: Polícia Civil )Uma tentativa de fraude ao concurso 2012 da Polícia Militar do Estado foi frustrada neste domingo (19). Quatro pessoas foram presas no município de Marabá, sudeste paraense, no momento em que tentavam repassar o gabarito da prova por meio de mensagem de celular para outros candidatos.
As provas do concurso foram realizadas hoje, simultaneamente, em Belém, Santarém, Marabá e Altamira. De acordo com a Universidade do Estado do Pará, organizadora do concurso, os demais candidatos devem ficar tranquilos com a idoneidade do certame, que continua valendo, já que os acusados foram detidos antes que o gabarito vazasse.
Há dez dias, a Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal (SIAC) vinha desenvolvendo a Operação Vibracall, monitorando Tonny Duarte, identificado como “o cabeça” da quadrilha, especializada em fraudar concursos públicos. Ele e foi preso junto com três outros integrantes do grupo criminoso, identificados como Ruan Kelson Pereira dos Santos, Antonio da Silva Santos e Agno Lima Bezerra.
A operação foi deflagrada em razão de denúncias encaminhadas à UEPA e ao Comando da Polícia Militar do Estado. Após ter identificado a quadrilha, o setor de inteligência da polícia paraense esperou que os acusados prosseguissem com a fraude para obter o flagrante. Uma equipe da SIAC foi deslocada para a cidade de Imperatriz, no Maranhão, onde Tonny Duarte, que é cabo da PM do Tocantins, reside. Ele estava inscrito no concurso como concorrente a uma vaga de soldado no polo Marabá (PA) e cobrava R$ 10 mil, por pessoa, para repassar as respostas das provas.
O coronel Daniel Mendes, comandante da Polícia Militar do Pará, frisou que não há nenhuma possibilidade do concurso ser anulado. “A fraude não chegou a se concretizar. Tínhamos dois objetivos na Operação Vibracall: evitar o vazamento da prova e prender a quadrilha que estava sendo investigada. E nós atingimos as duas metas. Agora começa o trabalho de investigação da Polícia Civil, que deverá identificar quem foram os cidadãos que pagaram por este serviço”, conclui.
Na última sexta-feira (17), equipes da SIAC e da Divisão de Investigação e Operações Especiais (DIOE) foram a Marabá, para acompanhar a movimentação de Tonny Duarte. Desde o inicio da manhã de hoje, as equipes monitoraram os passos do acusado da chegada à Escola Municipal de Ensino Fundamental Martinho Mota da Silveira, onde ele entrou acompanhado por dois comparsas. O terceiro, Agno Bezerra, conduzia o veículo que transportava a quadrilha.
Ao deixar o local de prova, Tonny foi seguido pelos agentes até uma rua pouco movimentada do bairro da Nova Marabá. Os policiais abordaram o veículo em que o acusado estava e no interior encontraram provas da tentativa de fraude, como celulares, gabarito, ficha de inscrição e um revolver. Tonny e o motorista foram presos em flagrante.
Após a autuação, as equipes retornaram à Escola Martinho Mota da Silveira e passaram a monitorar os outros dois suspeitos, que ao final da prova foram abordados e presos por terem recebido o gabarito em seus celulares. A dupla também foi eliminada do processo seletivo em razão da participação na tentativa de fraude.
Os presos foram conduzidos até a Superintendência da Polícia Civil de Marabá, onde foram autuados em flagrante por fraude em concurso (art. 311) e formação de quadrilha (art.288). O grupo permanecerá à disposição da Justiça em Marabá. As equipes de análise e de operações de Inteligência da SIAC foram comandadas pelo delegado Sérvulo Cabral, diretor de Inteligência Estratégica da SIAC, e as Equipes da DIOE, responsáveis pela prisão dos acusados, foram chefiadas pelo delegado Rogério Moraes da Luz. As informações são da Agência Pará. (DOL)

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