Lula disse que voltaria ao Pará para continuar apoio em prol da mudança (Foto: Antonio Cícero/Diário do Pará) |
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou à convenção do PMDB por volta das 19h40 e,
para não fugir ao seu estilo, fez um discurso emotivo, que tocou fundo
no coração da militância dos partidos presentes. Começou lembrando da
sua primeira e histórica campanha presidencial de 1989 e fez uma fala
voltada para o preconceito de parte da sociedade brasileira que naquela
época achava impossível que um metalúrgico sem diploma pudesse ser
presidente da República, fazendo uma analogia para os tempos atuais
fazendo uma dura crítica ao preconceito que a presidente Dilma sofre
hoje. “Não há eleição fácil que se ganhe antes da hora e difícil que
seja impossível vencer”, ensinou Lula.
O ex-presidente disse que ao ganhar
sua primeira eleição em 2002 sabia que não podia errar. “Sabia que era
possível ouvir o povo e transformar tudo em políticas públicas que
transformaram esse país. Fizemos no Brasil em 12 anos o que demoraram um
século para fazer”, contou, citando números dos governos do PT que
criou 365 escolas técnicas, aumentou o número de estudantes
universitários de 3 milhões para 7,5 milhões e a criação de 10,5 milhões
de empregos com carteira assinada, além de promover o Fundo de
Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), o maior programa
de financiamento educacional do mundo atualmente.
Lula ressaltou que não se pode fazer
política pensando pequeno. “Provamos que governamos para todos e estou
aqui hoje para dizer que o Helder Barbalho vai ser eleito governador do
Pará e que é possível governar com o povo e com eficácia para
transformar esse Estado”, disse Lula, sendo ovacionado pelos milhares de
militantes.
Ele deixou claro que atualmente
existem dois projetos em disputa: o que pretende avançar ainda mais no
social e nas políticas públicas e o que quer voltar ao retrocesso de 15
anos atrás. “Helder governador e Paulo Rocha senador representam a nova
política, a política que em 12 anos transformou a vida de milhões de
brasileiros para melhor. Virei aqui com muito orgulho outras vezes nessa
campanha e mostrar ao povo daqui que é possível se construir um novo
Pará. Com Helder no governo o povo do Pará terá uma chance
extraordinária de ter orgulho do seu Estado”, destacou.
CONTUNDENTE
CONTUNDENTE
O candidato ao senado Paulo Rocha fez
um discurso contundente com alvo certo: a militância do PT que contesta o
fato do partido não sair com candidatura própria e de integrar uma
coligação com a participação do Democratas (DEM). “Foi um custo enorme
construir essa aliança. Foi duro, mas para mudar o que está aí teríamos
que buscar democraticamente aqui outras forças políticas como ocorreu
nacionalmente, mas o PT entendeu que construir uma aliança acima de
diferenças políticas para acabar com o retrocesso era maior do que
qualquer coisa. O PT compreendeu que estamos no caminho certo”,
ressaltou.
Rocha lembrou que o grupo político
comandado pelo atual governador comanda o Pará a quase 20 anos e colocou
o Estado em letargia, mergulhado no atraso. Ele reconheceu as
diferenças ideológicas do PT com o DEM mas o debate interno dentro da
legenda esclareceu que o PT está no caminho certo e vai ajudar a eleger
Helder governador e Paulo Rocha Senador.
“As divergências partidárias e de
concepção são menores que as diferenças regionais que historicamente
atravancam nosso desenvolvimento. Construímos uma aliança para um
projeto de Estado que vai mudar o Pará. O PT não tem do que se
envergonhar, de ser o que somos e de fazer o que fazemos”, garante o
candidato ao Senado, para uma plateia que incluía a ex-prefeita de
Santarém, Maria do Carmo Martins, e o deputado federal Cláudio Puty, que
compareceu à convenção para avalizar a coligação PT/PMDB/DEM.
(Diário do Pará)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe do Blog do Xarope e deixe seus comentários, críticas e sugestões.