O diretor-presidente da Camargo Corrêa, Dalton dos Santos Avancini, vai
revelar esquema de pagamento de propina na construção da usina hidrelétrica de
Belo Monte, no Pará, uma obra de aproximadamente R$ 19 bilhões. O compromisso
de apontar desvios em Belo Monte consta do acordo de delação premiada firmado
pelo exec
utivo e dois procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato, na
madrugada de sábado, em Curitiba. A série de depoimentos da delação premiada de
Avancini deve começar nesta terça-feira.
Nas negociações com a força-tarefa, Avancini se comprometeu também a indicar
os nomes de pelo menos duas pessoas que teriam recebido propina. As revelações
do executivo podem ter forte impacto nos desdobramentos da Operação Lava Jato
que, até o momento, tem se concentrado em fraudes na Petrobras.
A usina de Belo
Monte é a segunda maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O
vice-presidente da Camargo, Eduardo Leite, que também firmou acordo de delação
premiada, deverá confirmar pagamento de propina em obras da empreiteira na
Petrobras.
Leite vai reconhecer pagamentos de propina em operações triangulares e até
mesmo em negociações diretas com o doleiro Alberto Youssef, um dos principais
operadores da movimentação financeira do dinheiro desviado de contratos entre
empreiteiras e a Petrobras. Youssef e outros acusados na Lava Jato e
investigados já falaram sobre o assunto. O executivo deverá reconhecer os
crimes imputados a ele, conforme prevê o acordo, e acrescentar novos detalhes
sobre transações escusas relacionadas a contratos com a maior empresa do país.
Laudos da Polícia Federal e da Receita Federal já apontam transferências
expressivos da Camargo para Youssef em operações intermediadas pela Sanko
Sider. Segundo as investigações, parte dos pagamentos eram camuflados com notas
de prestação consultoria e serviços não realizados. Esta será a primeira vez
que executivos de uma grande empreiteira assumirá a responsabilidade por crimes
cometidos contra a Petrobras. Também é inédita a decisão do executivo de
apontar acrescentar novos detalhes sobre a corrupção em contratos com a
estatal.
O presidente do Conselho de Administração da Camargo, João Ricardo Auler,
ficou de fora do acordo de delação. O executivo teria desistido do acordo
porque entende que nada teria à acrescentar às informações já obtidas pelo
Ministério Público Federal e pela Polícia Federal no caso. Auler sustenta que
não tinha responsabilidade por irregularidades que estão sendo atribuídas a
ele. Os executivos estão presos desde a nona fase da Operação Lava Jato,
lançada em 14 de novembro passado.
Pelos acordos de colaboração, Dalton deverá pagar multa de R$ 2,5 milhões e
Eduardo Leite R$ 5 milhões. Os dois devem ser soltos tão logo termine a série
de depoimentos da delação. Os dois decidiram fazer acordo com a força-tarefa
porque estavam com receio de serem condenados a longos anos de prisão e começar
a cumprir pena em regime fechado. Teria pesado ainda na decisão o longo tempo
da prisão provisória e as dificuldades de se responder a um inquérito preso.
A Camargo Corrêa é uma das 10 empresas do consórcio encarregado das obras de
Belo Monte. No grupo estão ainda a Andrade Gutierrez, Norberto Odebrechet, OAS
Ltda, Queiroz Galvão, Contern, Galvão Engenharia, Serveng-Civilsan, Cetenco e
J. Malucelli.
É APROVEITAR O BONDE E INCLUIR SUPOSTAMENTE O PREFEITO DE VITÓRIA DO XINGU E SUA MULHER CANDIDATA A DEP ESTADUAL QUE NAO DECLAROU BEM NENHUM A JUSTIÇA ELEITORAL, NENHUMZINHO SE QUER E FEZ UMA CAMPANHA MILHONÁRIA.
ResponderExcluirDEVE TER RECEBIDO "DOAÇÃO VOLUPTUOSA" DAS EMPRESAS DA BARRAGEM E DAS QUE ESTÃO INSTALADAS E TRABALHANDO NA SEDE DO MUNICÍPIO. INVESTIGEM ELES TAMBÉM!