Os números da violência no Pará impressionam e expõem a realidade de uma população sitiada pelo medo. Em seis meses, 1.633 pessoas foram assassinadas no estado, segundo dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup). Os números dão uma média de 272 mortes por mês e 9 mortes por dia. Foram cometidos
1.550 homicídios e 83 crimes de latrocínio (roubo seguido de morte). O mês mais violento foi o de janeiro, com 303 pessoas assassinadas em solo paraense, e o mais “tranquilo”, de acordo com o Governo do Estado, foi junho, com 255 mortos.E foi justamente no mês “menos sangrento” que ocorreu um duplo-assassinato que chocou a Grande Belém. No dia 18, uma professora e um vigilante foram mortos durante uma tentativa de assalto no bairro do Guamá. Claudete do Socorro Rodrigues Alves de Lima, de 53 anos, e Fernando Assunção Reis, de 50, foram abordados na saída de uma escola, no final da tarde. As vítimas eram cunhados e Fernando, por motivo de segurança, tinha o hábito de acompanhar a cunhada até a casa diariamente. A motocicleta da vítima virou o alvo da cobiça de dois bandidos.
Um deles estava armado, e ambos abordaram o cunhado da professora. A dupla roubou o veículo e um deles efetuou três tiros na cabeça da vítima. Claudete correu para retornar à escola e também foi atingida. A professora chegou a ser socorrida e encaminhada ao Pronto Socorro Municipal do Guamá. Mas não resistiu, a exemplo do cunhado, que morreu no local do crime. A moto roubada foi encontrada horas depois, mas os suspeitos fugiram e até agora não foram presos.
A tragédia que vitimou Claudete e Fernando não é um ponto fora da curva estatística da violência. A violência urbana deixou outras centenas de famílias órfãs, como as dos estudantes universitários Lucas Silva da Costa, de 19 anos, e Lucas Batulevicios, de 23 anos. O primeiro foi assassinado durante um assalto a ônibus, em Belém, no dia 23 de maio. Dois dias depois, Batulevicios foi morto a tiros quando trafegava em seu carro na Avenida Centenário. Até hoje os crimes não foram completamente esclarecidos.
No caso de Lucas da Costa, dois jovens foram presos logo depois da morte do estudante. Mas a tentativa da polícia em dar uma resposta imediata foi frustrada. Nos dias seguintes ficou provado que eles não tinham participação no crime, cuja autoria teria sido admitida por dois adolescentes.
OUTROS CASOS
Um deles estava armado, e ambos abordaram o cunhado da professora. A dupla roubou o veículo e um deles efetuou três tiros na cabeça da vítima. Claudete correu para retornar à escola e também foi atingida. A professora chegou a ser socorrida e encaminhada ao Pronto Socorro Municipal do Guamá. Mas não resistiu, a exemplo do cunhado, que morreu no local do crime. A moto roubada foi encontrada horas depois, mas os suspeitos fugiram e até agora não foram presos.
A tragédia que vitimou Claudete e Fernando não é um ponto fora da curva estatística da violência. A violência urbana deixou outras centenas de famílias órfãs, como as dos estudantes universitários Lucas Silva da Costa, de 19 anos, e Lucas Batulevicios, de 23 anos. O primeiro foi assassinado durante um assalto a ônibus, em Belém, no dia 23 de maio. Dois dias depois, Batulevicios foi morto a tiros quando trafegava em seu carro na Avenida Centenário. Até hoje os crimes não foram completamente esclarecidos.
No caso de Lucas da Costa, dois jovens foram presos logo depois da morte do estudante. Mas a tentativa da polícia em dar uma resposta imediata foi frustrada. Nos dias seguintes ficou provado que eles não tinham participação no crime, cuja autoria teria sido admitida por dois adolescentes.
OUTROS CASOS
Além deles, engrossaram as
estatísticas da Segup, outro caso, o da menina Ana Karoline Siqueira, de
8 anos, assassinada no dia 23 de maio, durante uma festa de aniversário
infantil, no Conjunto Julia Seffer, em Ananindeua, numa troca de tiros.
Um suspeito morreu e outro foi preso um mês depois. Outros dois que
participaram da ação seguem foragidos. A onda de violência ainda tirou a
vida de Luan Barros dos Santos, 25 anos, em 26 de maio. Ele foi
assassinado a caminho do trabalho durante um assalto a um ônibus no
bairro do Bengui.
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