Mais de 4.400 pessoas foram assassinadas no Pará em 2017 |
Com os maiores índices de mortes violentas já registradas na história da criminalidade no Estado, o ano de 2017 representou o total fracasso da atual gestão da segurança pública do Pará.
Dados obtidos dão conta de que foram registradas, em todo território paraense, em 2017, a absurda e recordista marca de 4.416 mortes violentas, com a média diária de 12 mortes. Ou seja, a cada duas horas uma pessoa é morta no Pará.
Desde total, foram 3.782 homicídios, 215 latrocínios, 34 lesões corporais seguidas de morte e 385 mortes por intervenção policial. As 4.416 mortes violentas corresponderam à taxa de 52,8 registros por cada 100 mil habitantes. Além do maior número de mortes, a taxa de 2017 é a maior taxa por 100 mil habitantes da história no Pará. Foram 211 mortes violentas a mais que em 2016, quando foram registradas 4.205 mortes.
Dos 3.782 homicídios registrados em 2017, 1.417 ocorreram na Região Metropolitana de Belém (RMB) e 2.365 no interior. Os homicídios na RMB ficaram assim distribuídos: Belém, com 855 registros; Ananindeua, com 379; Marituba, com 102; Benevides, com 67; e Santa Bárbara, com 14. A capital paraense ficou com a altíssima taxa de 58,9 homicídios por cada 100 mil habitantes. Entre as vítimas, centenas de inocentes e agentes de segurança pública.
Em entrevista recente ao DIÁRIO, José Pimentel, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Polícia Civil do Pará (Sindpol-PA), declarou que há anos as entidades já alertam o Governo do Estado sobre o aumento da criminalidade, mas nada foi feito e a situação, segundo ele, se tornou insustentável. “A grande realidade é que estamos abandonados por falta de gestão. Nunca antes se viu uma situação tão preocupante”, afirma Pimentel. De acordo com ele, 7 policiais civis foram assassinados no ano passado, mais do que o dobro que em 2016, quando foram 3.
Na Polícia Militar, o cenário foi e ainda é mais crítico. Somente em 2017, foram 35 assassinatos, de acordo com o sargento Francisco Xavier, da Associação Nacional dos Militares do Brasil (ANMB). O número é bem superior à soma de 2016: 27 mortes. O quantitativo de policiais militares baleados em 2017 foi 23, maior que no ano anterior, quando foram 16.
A criminalidade aumentou muito nos últimos anos e o Governo finge que nada está acontecendo”, denuncia Xavier.
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