O cadáver de uma criança, do sexo feminino, de aproximadamente 10 anos de idade, foi encontrado em avançado estado de decomposição, boiando às margens do ‘Furo de São Benedito’, perto do município de Acará, no nordeste do Pará, no final da tarde desta terça-feira (5). O corpo, que havia sido amarrado e esquartejado, estava dentro de uma espécie de mala, boiando no sentido da Baía do Guajará.
A caixa foi avistada por um homem que acionou o Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA). De lancha, os bombeiros do Grupamento Fluvial fizeram o traslado do corpo e retirada d’água. O cadáver foi posteriormente encaminhado ao Grupamento Marítimo Fluvial dos Bombeiros, localizado na rodovia Arthur Bernardes, no bairro de Val-de-Cans, em Belém, onde chegou no começo da noite.

De acordo com o capitão do CBMPA, Leonardo Sarges, por volta das 14h os bombeiros foram acionados e se deslocaram para o local, localizado entre a ilha do Combu e a ilha do Maracujá. Ao chegar no local, a equipe conversou com ribeirinhos, que indicaram onde estava o objeto, até então não identificado, que flutuava possivelmente com um cadáver dentro, por causa do forte odor.
“Quando chegamos lá, o objeto estava se deslocando. Nós pegamos o objeto, colocamos na lancha, e verificamos que realmente se tratava de uma pessoa. Ela estava dentro de uma sapateira, daqueles modelos antigos, numa estrutura de compensado com napa, flutuando”, explicou o capitão.
Após a contatação, a equipe de bombeiros alocou o corpo na embarcação e o levou para o Grupamento Marítimo Fluvial dos Bombeiros, onde a equipe de perícia e remoção já aguardavam. “Observamos que se tratava de uma criança, do sexo feminino, de aproximadamente 10 anos. Ela estava amarrada com aqueles cabos brancos, de internet”, afirmou.
Ainda segundo o capitão Leonardo Sarges, provavelmente o corpo já estava na água há pelo menos 24 horas, devido ao estado de decomposição. “A polícia tem registros de crianças desaparecidas com essas características. Estão verificando para informar as pessoas que registraram a ausência dessas crianças”, concluiu.
Foram acionados ainda a Companhia Independente de Policiamento Fluvial (Ciapflu) e a Divisão de Homicídios, que dará andamento às investigações. Quaisquer informações que possam ajudar na elucidação do crime, podem e devem ser repassadas ao Disque-Denúncia (181) ou ao Centro Integrado de Operações (190). Não é necessário se identificar e a ligação é gratuita.