Na prática, se o ritmo de contágio se mantiver, pode faltar leito para atender pacientes com uma simples apendicite, alerta o presidente do Hospital Albert Einstein.
“Eu tenho muito medo do que vai acontecer nas próximas duas semanas”. A afirmação, em tom de extrema preocupação, é do presidente do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Em entrevista à Rádio Bandeirantes, no Jornal Gente, Sidney Klajner definiu a situação como uma “catástrofe”. “A gente está vendo a lotação das UTIs no país todo, o que é uma catástrofe. Nós estamos falando da situação de hoje relacionada à contaminação de duas semanas atrás. Eu tenho muito medo do que vai acontecer nas próximas duas semanas”.
“O que a gente espera é um aumento a tal ponto que, de novo, o sistema de saúde tenha que fechar as portas para as doenças que não são Covid. O receio é o sistema de saúde colapsar e você ter apendicite em casa, ou um infarto, e não ter acesso à saúde”.
Sidney Klajner diz que o Hospital Albert Einstein vive um “aumento progressivo” de internações de pacientes com coronavírus. Segundo ele, cerca de 80 pessoas estão na UTI ou em unidades de terapia semi-intensiva – o maior número desde o começo da pandemia. Klajner atribui o que está acontecendo, sobretudo, ao descuido das pessoas com prevenção e distanciamento social.
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