Nesta sexta-feira (22), a qualidade do ar em Santarém, no oeste do Pará, atingiu níveis alarmantes, registrando, por volta das 06h30, 293 microgramas de poluentes por metro cúbico. Este índice, monitorado por sensores do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e pela plataforma PurpleAir, coloca a cidade em estado de alerta de saúde, com risco elevado de efeitos negativos para a saúde de todos os grupos populacionais, especialmente após 24 horas de exposição contínua.
Enquanto Santarém enfrenta uma densa nuvem de fumaça que encobre o céu, a capital paraense, Belém, apresentou um índice de 79 microgramas por metro cúbico no mesmo período, considerado aceitável. A diferença evidencia a gravidade da situação na região oeste do estado, onde fatores, como queimadas e mudanças climáticas, agravam os níveis de poluição do ar na Pérola do Tapajós.
Os sensores do IPAM, instalados em dois pontos estratégicos de Santarém e um em Alter do Chão, registraram os dados alarmantes que reforçam a necessidade de medidas urgentes para conter a degradação ambiental. A plataforma PurpleAir, que monitora os níveis de poluentes diariamente, também aponta uma tendência de aumento na poluição nos últimos dias.
A exposição prolongada a níveis elevados de poluentes pode causar sérios problemas respiratórios e cardiovasculares, além de agravar condições pré-existentes como asma e bronquite. Grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas, estão entre os mais afetados.
A principal causa da deterioração da qualidade do ar em Santarém é atribuída às queimadas, que se intensificam nesta época do ano devido ao período de seca. A fumaça proveniente de incêndios florestais e áreas de pastagem não apenas afeta a visibilidade, mas também eleva significativamente os níveis de material particulado no ar.
Por volta das 08h00, o índice de poluentes chegou a 198 microgramas.
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