"Os crimes aconteceram entre 1989 e 1993
na cidade de Altamira. Na época, 19 meninos entre 8 e 14 anos foram
sequestrados e castrados em rituais de magia negra".
O Tribunal de Justiça do Estado do Pará
(TJPA) vai apreciar hoje o pedido de anulação do julgamento que
condenou o médico Césio Brandão a 56 anos de prisão por envolvimento
com crimes de emasculação e assassinato ocorridos que ficaram
conhecidos como “O caso dos meninos emasculados de Altamira”.
O advogado Roberto Lauria irá sustentar
que, no ano seguinte ao julgamento, ocorrido em 2003, foi preso no
Maranhão o mecânico Francisco das Chagas Rodrigues de Brito, que
confessou o assassinato de 41 garotos, indicando inclusive onde os
mesmos foram enterrados e tendo revelado que morou em Altamira à época
dos crimes.
“Nós não estamos pedindo absolvição e
sim uma oportunidade para que haja um novo julgamento em que o júri
possa analisar esse novo fato, hoje nem mais tão novo, mas inédito no
contexto. A forma como o acusado Francisco das Chagas confessou ter
matado as crianças no Maranhão se assemelha muito a como foram mortas
as crianças em Altamira, onde ele também morou em algum período durante
89 e 93, quando o caso ocorreu”, discorre o advogado, que representa
Césio desde 2012.
“A acusação em cima do meu cliente se
refere apenas a reconhecimento de testemunhas, enquanto que a confissão
de Francisco, que tem perfil psicológico descrito por especialistas
como de serial killer, bate com as descrições feitas pelas vítimas
sobreviventes”, afirma.
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