O inverno amazônico trouxe com ele os riscos inerentes aos frequentadores de áreas como praias, e rios. Os primeiros registros de tromba d’água começam a se destacar e os banhistas precisam ficar em alerta.
Em Bragança, na quinta-feira (2), uma tromba d’água invadiu a praia, e o vento forte arrastou tudo o que havia pela frente. O fenômeno natural aconteceu na praia de Ajuruteua, e assustou os banhistas, mas, apesar de parecer inusitado, o fenômeno é cada vez mais comum, e já fez estragos na região do Xingu.
Não se engane por achar que um dia limpo e sem aparente chance de chuva isenta riscos de tromba d’água. De fato, não precisa estar chovendo para o fenômeno acontecer: basta as chuvas ocorrerem no alto do curso de um rio, há quilômetros de distância de onde você está, para que se forme um grande volume de água, podendo descer de forma violenta, levando tudo o que encontrar pelo seu trajeto.
Os primeiros sinais que indicam a aproximação de uma tromba d’água são os seguintes:
Aumento repentino no volume e força da água;
Mudança de cor da água, ficando mais suja e barrosa;
Presença de detritos como galhos e folhas na água;
Volume de som alto vindo do alto do rio.
O comandante do Corpo de Bombeiros, Capitão Saimo, conta que em 2018 um evento semelhante foi registrado em Porto De Moz, e destruiu barracas e uma casa.
Assustador, o fenômeno natural não é exclusividade de cidades com praias em áreas abertas, como Senador José Porfírio e Porto De Moz. Na região do Xingu em locais onde há represas, o risco é o mesmo. E com as chuvas torrenciais que vêm se formando na região, os bombeiros alertam os banhistas. É preciso ficar atento e evitar o rio em dias de chuva.
Como antecipar o risco de uma tromba d’água?
Se você estiver planejando tomar um banho de rio ou de cachoeira, fique sempre atento à presença densa de nuvens na parte alta dos rios. Também recomendamos pesquisar sobre a ocorrência de trombas d’água na região onde você vai, além das possíveis rotas de fuga caso aconteça uma tromba d’água. Observe bem o ambiente à sua volta, assim que chegar, para conseguir definir os melhores caminhos (geralmente locais mais elevados) para salvar sua vida e a vida de quem estiver próximo a você.
Caso aconteça uma tromba d’água, obviamente, saia do rio ou da cachoeira o mais rápido possível, avisando quem estiver à sua volta. Caso você não consiga sair do curso do rio e fugir para uma parte mais elevada, então a melhor opção é abrigar-se em local que possa oferecer segurança e esperar a tromba d’água perder velocidade e volume, até baixar.
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