foto: reprodução.Os cerca de 280 bancários estão se organizando para paralisar as atividades, porque a Prefeitura de Marabá (PMM), no sudeste do Pará, não inclui a categoria no grupo prioritário para receber a vacina contra a covid-19. Os trabalhadores de vários bancos afirmam que estão muito mais expostos do que outros grupos de risco que já receberam a vacina contra o coronavírus.“A maioria dos grupos prioritários em Marabá trabalha um dia, passa dois em casa e já recebeu a vacina. Já os bancários trabalham de segunda a sexta-feira, atende todo tipo de gente, fica exposto à contaminação, mas não conseguem se vacinar porque a PMM não inclui a categoria no grupo de risco”, afirmou um dos organizadores da paralisação que não terá o nome divulgado por medo de represália.
Segundo os reclamantes, mais de 50 bancários já foram infectados com a covid-19 e Raimundo Jorge Pinheiro de Sousa, 68 anos, o “Jorjão”, no dia 5/2/2021, funcionário do Banco do Brasil, foi a óbito após ser acometido pelo novo coronavírus em Marabá. O dia 27 de maio foi escolhido como “Dia Nacional de Luta” para inclusão dos bancários como categoria essencial, porém os pedidos formulados pelo Sindicato dos Bancários junto a Câmara Municipal (CMM) e Prefeitura de Marabá não foram atendidos.
De acordo com os bancários, as cidades de Soure, Concórdia do Pará, Pacajá, Cachoeira do Piriá, Cumaru do Norte e Capitão Poço já vacinaram os bancários. O Portal Debate Carajás conversou com a Secretaria de Comunicação da Prefeitura (Secom), na manhã de hoje (11), e foi informado que Marabá segue o Programa Estadual de Vacinação e as doses já chegam “carimbadas” pela Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), logo a Secretaria de Saúde de Marabá não possui autonomia para redirecionar as doses de vacina, portanto a vacinação dos bancários ocorrerá dentro da faixa etária.
Vale ressaltar que cumprir à risca o Programa Estadual de Vacinação, com o objetivo de coibir os chamados “fura fila”, é muito importante, entretanto se Marabá reavaliar a aplicação desse plano de vacinação para corrigir erros faz parte do processo nacional de imunização, pois o prejuízo será muito maior se uma categoria tão importante para o cidadão cruzar os braços reivindicando o direito à vida.
com informações Portal debate Carajás / texto Pedro Souza.
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