Vítima relata ter sofrido abusos na frente da filha, de apenas 21 dias
Um policial militar da reserva, de 61 anos, foi preso na terça-feira (29) após confessar o estupro de uma mulher indígena detenta durante sua transferência do município de Humaitá para Manaus no dia 18 de julho.
O caso veio à tona quando a vítima, durante exame médico de rotina no presídio feminino, relatou o crime às autoridades.
A investigação revelou detalhes chocantes: o agente aproveitou uma parada na estrada, enquanto outros dois policiais se ausentaram, para cometer o crime contra a mulher que estava algemada.
Mensagem expõe esquema monstruoso de policial
Durante as investigações, foi descoberto que o policial confessou o crime em uma conversa pelo WhatsApp com um colega de trabalho. Nas mensagens, ele não apenas admitiu o estupro da detenta durante a transferência, como também revelou ter cometido atos similares com outras mulheres sob custódia.

O colega que recebeu a mensagem imediatamente repassou a informação aos superiores, o que acelerou a prisão do acusado.
A polícia apreendeu itens pessoais do agente, como barbeador e escova de dente, para coleta de material genético que possa corroborar as denúncias.
O caso gerou preocupação entre as instituições de segurança do Amazonas.
A Polícia Militar afirmou que o policial foi afastado e está respondendo a processo administrativo que pode resultar em sua expulsão da corporação.
Número de detidos sobe para cinco
Com a nova prisão, o número de detidos subiu para cinco – quatro PMs e um guarda municipal.
Apenas um suspeito permanece foragido pelo estupro coletivo contra a mulher indígena.
As prisões ocorreram em diferentes municípios: dois policiais em Tabatinga, um policial em Manaus, um em Santo Antônio do Igá, além do guarda municipal.
O MPAM e a Polícia Militar continuam com diligências para capturar o último acusado, cujo paradeiro ainda não foi divulgado.
Relato chocante da vítima
O caso ganhou repercussão após a mulher indígena relatar, em depoimento ao MPAM, ter sofrido abusos sexuais diários, tortura e humilhações enquanto estava presa irregularmente em uma cela masculina, muitas vezes na presença do filho recém-nascido.
Segundo as investigações, os crimes eram cometidos à noite, e o grupo policial chegou a ameaçar a família da vítima após sua transferência para o presídio feminino de Manaus.
Fonte : Portal Tucumã
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