A China anunciou na sexta-feira que exigirá licenças de exportação para veículos elétricos a partir de 1º de janeiro de 2026
A medida ocorre enquanto o setor de veículos elétricos da China enfrenta o que os críticos chamam de "involução" – um conceito tipicamente chinês que descreve uma competição fútil que leva à estagnação da indústria.
A líder de mercado BYD enfrentou críticas no início deste ano após lançar cortes agressivos de preços que levaram concorrentes a fazerem o mesmo, gerando preocupações sobre uma corrida para o fundo do poço.
Wei Jianjun, presidente da Great Wall Motors, alertou nos últimos meses que a indústria "pode estar sob ameaça se continuar na mesma trajetória".
Seus alertas ganharam atenção após ele comparar a instabilidade financeira do setor com a crise imobiliária chinesa, sugerindo que já existe um equivalente à 'Evergrande' na indústria automotiva.
O mercado doméstico teve um sucesso sem precedentes, com veículos elétricos representando mais de 50% das vendas de automóveis de passageiros no primeiro semestre de 2025.
No entanto, esse crescimento teve seu custo, com as margens de lucro da indústria despencando para apenas 3,9% em 2024, de acordo com dados da LSEG.
Marcando um endurecimento significativo do controle sobre o maior mercado de veículos elétricos do mundo, enquanto Pequim busca lidar com o que autoridades classificam como competição de preços destrutiva e proteger a reputação das marcas chinesas no exterior.
O Ministério do Comércio, em conjunto com outros três órgãos governamentais, afirmou que o novo sistema de licenciamento de exportação tem como objetivo "promover o desenvolvimento saudável do comércio de veículos de nova energia".
Os requisitos se aplicarão a veículos de passeio puramente elétricos com Número de Identificação de Veículo (VIN), alinhando os veículos elétricos às exigências já existentes para carros a gasolina e motocicletas.
Fonte : Reuters
Por Redação Blog do Xarope , Victor Palheta
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