sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Repórter transcrever tentativa de suicídio em Altamira

"O repórter Sidalécio produziu a reportagem sobre o suicídio, tendo inclusive acerso á carta que Murilo Pimenta havia escrito, planejando a propria morte".

  "cerca de três anos Murilo vem sendo acompanhado por uma psicóloga e tomando remédios, ele sofre de  transtorno bipolar, após o incidente a família tenta agora uma vaga no Hospital Regional Público da Transamazônica, ele quebrou o maxilar e teve escoriações pelo corpo". 

Sidalécio conversou com Shirley Góes psicológa
Muitos preferem não falar sobre o assunto, mas o suicídio é mais comum do que se imagina. Em nosso país, por exemplo, o suicídio é considerado problema de saúde pública.   
O próprio governo federal acredita que se os profissionais que atuam na saúde mental fossem melhor capacitados e se os serviços de emergência funcionassem de maneira adequada, o país não sofreria com o problema. 
O hospital municipal São Rafael em Altamira oeste do estado, conta apenas com um profissional que atende esta área. De acordo com a psicóloga Shirley Góes, o suicídio é uma etapa de um curso de transtornos mentais: recorrentes a transtorno bipolar e até depressões isoladas. Segundo o portal da saúde no Brasil. 
Murilo Pimenta dos Santos
Pesquisas realizadas no mundo inteiro na área de psiquiatria revelam que cerca de 40% dos suicidas procuram os serviços de saúde dias ou semanas antes de tirar a própria vida ou mesmo tentar o ato. Segundo os estudos, eles chegam a estes locais sem especificar de que doenças estão sofrendo. Esse pode ser um último pedido de socorro.
Mario Bragança (pai de Murilo)
Foi o que aconteceu com Murilo Pimenta dos Santos de 23 anos que tentou suicídio na tarde desta quarta feira(12) no centro de Altamira. O rapaz se jogou debaixo de um caminhão que transporta tintas, mas a tentativa de tirar a própria vida foi frustrada, o motorista conseguiu evitar a tragédia freando o veículo. O detalhe é que um dia antes da ocorrência o rapaz havia comunicado ao pai dele (Mario Bragança) sobre a possível tentativa. srº: Mario Bragança (pai de Murilo)

“Ele passou a noite toda falando que ia fazer isso”... “Mas eu não acreditei que ele teria coragem”... 

 Sidalécio Souza: “ Numa noite anterior?...

Murilo Pimenta (tentou suicídio dia 12/12/12)
srº: Mario Bragança (pai de Murilo)... “Na noite anterior”...
Abalado, o pai de Murilo, o mecânico Mario Bragança reconhece que não acreditou no que o filho disse, mas pôde comprovar a veracidade do que seria “boato ou um simples comentário” quando o filho deixou um bilhete na sala de sua residência. De acordo com Mario, o bilhete foi feito por volta das  23:00 horas da terça feira(11), um dia antes da tentativa de suicídio, o rapaz primeiro escreveu o nome de uma garota a qual ele diz ter gostado e segue o bilhete...

Formação de quadrilha

Preso acusado de sequestrar pecuarista em Senador José Porfírio

"O preso é ex-funcionário do pai da vítima, que também é pecuarista e mora em Altamira. Para sequestrá-lo, um dos bandidos chegou à residência dele chamando-o pelo nome".

Vanilso Pimentel
Está preso, em Senador José Porfírio, sudoeste do Pará, Vanilso Cardoso Pimentel, acusado dos crimes de sequestro e formação de quadrilha. A prisão do acusado foi realizada no dia de ontem pela equipe da Polícia Civil local sob comando do delegado Vinicius Sousa Dias durante a operação denominada "C4". No último dia 28 de novembro, por volta de 23:00 horas, ele participou, juntamente com outros três comparsas, de um esquema para sequestrar o pecuarista Romualdo Nunes. A vítima foi retirada de sua residência, em Senador José Porfírio, pela quadrilha armada.
Os sequestradores aproveitaram ocasião em que a cidade estava sem energia elétrica para cometer o crime. O preso é ex-funcionário do pai da vítima, que também é pecuarista e mora em Altamira. Para sequestrá-lo, um dos bandidos chegou à residência dele chamando-o pelo nome. Ao abrir a porta da casa, a vítima foi rendida por outro homem armado. Em seguida, um terceiro homem apareceu. Os três colocaram a vítima no próprio carro e seguiram em direção ao município de Altamira. Durante o trajeto, outro carro acompanhou o percurso no apoio ao  bando. Nesse veículo, conforme as investigações, estava Vanilso. 
Os criminosos mantiveram o pecuarista em cárcere privado e passaram a exigir dele a quantia de R$ 500 mil, alegando que o pai havia adquirido o valor, no dia anterior, como resultado de um negócio. 

Mistério: Jovens executados com tiros na cabeça em Novo Progresso

"Os dois foram executados e seus corpos foram encontrados juntos, no chão, na beira da estrada dentro de um matagal".

Corpos encontrados na mata
Corpos encontrados na mataDois jovens perderam a vida de maneira brusca e cruel, no município de Novo Progresso, Oeste do Pará. O bárbaro crime aconteceu na tarde de sábado (08), na Rodovia BR-163 (Santarém-Cuiabá), no Km 2 da Base Aérea, às proximidades da divisa dos estados do Mato Grosso e Pará, vitimando os jovens Robson dos Santos Barros e Keila Mônica Oliveira, de 23 anos. Eles foram brutalmente assassinados com tiros no ouvido e na cabeça.
Fatos: Os dois jovens saíram do município de Novo Progresso, Oeste do Pará, com destino a Guarantã do Norte, Mato Grosso. Keila Mônica Oliveira era filha do professor Augusto Careca, moradores há vários anos de Novo Progresso, estava de carona com o colega Robson. Os dois foram executados e seus corpos foram encontrados juntos, no chão, na beira da estrada dentro de um matagal. O automóvel em que as vítimas estavam viajando foi encontrado com as portas abertas e o som ligado.
A Polícia Militar chegou até o local, após receber denúncia. A Polícia Civil investiga o caso e trabalha como se fosse um latrocínio.
Na cidade de Novo Progresso correm rumores que Robson Barros estava transportando certa quantidade de ouro com destino a Mato Grosso. Também há informações de que Robson estava transportando um malote contendo uma quantidade de  dinheiro para um empresário de um posto de gasolina de uma comunidade próximo do município de Novo Progresso.
Segundo informações, os dois jovens foram retirados do carro que viajavam, um Fiat Strada prata, e levados até beira da estrada, onde foram brutalmente assassinados. Os corpos de Robson e Keila foram levados para Novo Progresso e velados no salão da Associação dos Produtores do Município.



No Tapajós, o desenvolvimento atropela angústias e anseios da população local

"Nas comunidades a serem afetadas pelas usinas no rio Tapajós, entre angústia e anseios, a desinformação impera, enquanto avançam os planos para as obras. Para ganhar tempo, as empresas que fazem os serviços sondagem e perfuração para os estudos de viabilidade da barragem se instalaram nos povoados vizinhos a Pimental, onde a aceitação à hidrelétrica já é bem maior. Em um deles, chamado São Luiz, nasceu o deputado federal Dudimar Paxiúba (PSDB-PA)".

Por Carlos Juliano Barros
Maria Bibiana da Silva, a "Gabriela", matriarca da Vila Pimental, Trairão (PA) / Foto: Fernanda Ligabue “Morrer na lama, debaixo d’água, é que é triste, né? Mas, achando um lugar onde a gente escape para morrer sossegado, quem me acompanha é Deus e meus filhos”. É humanamente impossível deixar de prestar atenção às palavras que pausadamente saem da boca de Maria Bibiana da Silva, apelidada de Gabriela em homenagem ao pai, José Gabriel. Do alto de seus 104 anos, comprovados pelo rosto profundamente enrugado e pelas pernas arqueadas em forma de alicate, a profética anciã responde de bate-pronto quando questionada sobre o que o rio Tapajós representa para ela: “o sossego”.
No longínquo ano de 1917, Gabriela partiu do Ceará rumo aos seringais do Acre. No meio do caminho, porém, a família resolveu fincar raízes em Pimental, uma vila de pescadores erguida na beira das águas esverdeadas do Tapajós, numa área que hoje pertence ao município de Trairão, no oeste do Pará. E de lá jamais saíram. Desde aquela remota época, os dias no modesto povoado onde atualmente vivem cerca de 800 pessoas nunca foram tão agitados.
Maria Bibiana da Silva, a “Gabriela”, matriarca da Vila Pimental,
Trairão (PA) / Foto: Fernanda Ligabue
Pimental tem uma inegável atmosfera de Macondo, a mítica aldeia ribeir
inha que Gabriel García Márquez construiu na sua obra-prima “Cem anos de Solidão”. Mas, nesse isolado trecho do Pará, a discórdia não é provocada pela chegada de uma companhia bananeira, como no livro do premiado escritor colombiano, e sim pela construção da hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, que pode mandar Pimental inteiro para baixo d’água. “Por mim, não tenho gosto que essa barragem saia, mas uma andorinha só não faz verão”, alerta Gabriela, a matriarca da comunidade.
Se de fato vingar, São Luiz do Tapajós será capaz de gerar até 6.133 Megawatts. No papel, é a quarta maior hidrelétrica do país, atrás apenas da binacional Itaipu – na fronteira entre Brasil e Paraguai –, de Belo Monte e de Tucuruí, construídas, respectivamente, nos rios Xingu e Tocantins, também em território paraense. A usina é a maior de um complexo de até sete hidrelétricas que o governo federal planeja construir no Tapajós e no seu afluente Jamanxim. Até o final desta década, duas usinas devem de fato ser construídas.
Segundo dados preliminares que constam do inventário do potencial hidrelétrico da bacia do Tapajós,exatas 2.352 pessoas de 32 povoados ribeirinhos diferentes serão diretamente atingidas caso as sete hidrelétricas previstas saiam do papel.

Reunião discute ordenamento de garimpos no Tapajós

A Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (SEICOM), vinculada a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção realiza nesta sexta-feira (14), na Universidade Federal do Oeste do Pará reunião com o objetivo de sistematizar ações para o ordenamento de garimpos na região do Tapajós. As ações serão desenvolvidas em conjunto com a UFOPA e a Universidade de São Paulo (USP).
Durante a reunião será apresentado o projeto “Pequena Mineração Responsável” (USP) que é uma proposta prática para o aprimoramento da atividade mineral.
A SEICOM criou, neste ano, o Grupo de Trabalho para ordenamento da atividade mineral da Região do Tapajós-Pará (GT-TAPAJÓS) com o objetivo de identificar problemas e desafios nessa área, bem como, estabelecer estratégias de atuação interinstitucional a partir de um plano comum de trabalho com priorização de ações visando à regulamentação da pequena lavra mineral.
O GT-TAPAJÓS visa também, rever os macroprocessos de licenciamento ambiental e elaborar a Agenda Socioambiental para a pequena lavra mineral, tendo em conta as peculiaridades da região do Tapajós. (Ascom/Ufopa)