terça-feira, 16 de março de 2021

Justiça adia audiência de caso contra prefeita e vice, por fraude na eleição de Almeirim

Justiça adia audiência de ação contra prefeita e vice de Almeirim por fraude na eleição
Lúcia do Líder (MDB) e sua vice Karol Sarges (PTB) são acusados de abuso de poder econômico por Rosa Hage (PSC), 2ª colocada na disputa. 
Por Jeso Carneiro
Prevista para hoje (15), mas adiada por pelos menos 15 dias, a audiência de instrução da Justiça Eleitoral de uma ação de investigação judicial que tem como réus principais a prefeita e o vice atuais de Almeirim (PA), eleitos no final do ano passado.
Lúcia do Líder (MDB) e Karol Sarges (PTB) são acusados de abuso de poder econômico por Rosa Hage (PSC), 2ª colocada na disputa. Ex-deputada estadual, Hage perdeu a eleição por 421 votos.
No início de janeiro, a juíza eleitoral Rafaella Kurashima aceitou a denúncia e, além da prefeita e do vice, mais 3 pessoas viraram réus no processo.
Para a audiência, a magistrada determinou também a oitiva de Franciney Barros e Silva, servidor efetivo da Prefeitura de Almeirim que prestava serviço à Justiça Eleitoral no posto de atendimento do distrito de Monte Dourado. Ele será testemunha da Justiça.
Para a audiência, a magistrada determinou também a oitiva de Franciney Barros e Silva, servidor efetivo da Prefeitura de Almeirim que prestava serviço à Justiça Eleitoral no posto de atendimento do distrito de Monte Dourado. Ele será testemunha da Justiça.
Os fatos narrados na denúncia, segundo Rafaella Kurashima, são graves.
De acordo com a denúncia de Rosa Hage, os 5 acusados, antes da votação e no prazo legal de mudança de domicílio eleitoral, teriam montado um suposto esquema fraudulento de transferência de títulos de eleitores da cidade de Laranjal do Jari (AP) para o distrito de Monte Dourado, em Almeirim.
De acordo com a denúncia de Rosa Hage, os 5 acusados, antes da votação e no prazo legal de mudança de domicílio eleitoral, teriam montado um suposto esquema fraudulento de transferência de títulos de eleitores da cidade de Laranjal do Jari (AP) para o distrito de Monte Dourado, em Almeirim.
No total, a fraude teria envolvido 457 eleitores, dos quais 12 morariam num único endereço, outros 8 no mesmo endereço onde residiria um dos filhos da prefeita eleita – Rodrigo Bezerra de Carvalho.
No dia da votação, ainda segundo Rosa Hage, a então candidata do MDB teria alugado, por R$ 300,00 a diária, “mais de 70% da frota de táxis” existente em Monte Dourado, para fazer o transporte dos eleitores de Laranjal do Jari – aqueles 457 cujos títulos foram transferidos para o distrito paraense.
O MPE (Ministério Publico Eleitoral) irá participar da audiência, com data ainda a ser definida.