quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Câmara de Oriximiná instala CPI contra prefeito nesta quarta (22)

Câmara de Oriximiná instala CPI contra prefeito nesta quarta (22)Presidente e relator serão escolhidos na sessão; 12 dos 15 vereadores aprovaram a criação da CPI
Câmara de Oriximiná, Oeste do Pará, instalará na sessão desta quarta-feira (22) a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para iniciar os trabalhos que vai apurar a gestão do prefeito delegado William Fonseca (PRTB). Foi o que apurou o Portal de AMAZÔNIA.
A CPI foi aprovada por 12 dos 15 vereadores da Câmara, na semana passada.
Na reunião, serão escolhidos o presidente, relator e membros da CPI. É de praxe que o autor do pedido seja presidente ou relator da comissão. O autor da CPI é o vereador Mauro Wanzeller (MDB).
O requerimento apresentado por Wanzeller foi aprovado com os votos dos vereadores Adeílson Lopes, Ludugero Junior, Deybson Rach, Lico do Bené, Quinho Azevedo, Junhão, Manoel Bochecha, Marcelo Andrade, Marcio Canto, Marta Godinho e Rafa Viana.
A CPI vai investigar licitação com contratação de empresa para aluguel de veículos e máquinas pesadas e também coleta, transporte e destinação do lixo de Oriximiná.
O clima na cidade é tenso com ataques do grupo do prefeito aos vereadores de oposição que assinaram a criação da CPI.
Em pouco menos de seis meses de mandato, o prefeito delegado Fonseca, 'brigou' com o promotor de Justiça, com a Câmara de Vereadores e de quebra ainda desobedeceu ordem do juiz da cidade, por não querer cumprir protocolos sanitários de prevenção da pandemia.

Em Santarém, mulher é presa em flagrante após matar companheiro com facada no peito, no Juá

O crime aconteceu na madrugada desta quarta-feira (22) na quadra 22. Vítima foi identificada como Joelton de Sousa Silva
Uma mulher foi presa na madrugada desta quarta-feira (22) em Santarém, no oeste do Pará, suspeita de matar o companheiro com uma facada no peito. O crime aconteceu na ocupação do Juá.
De acordo com informações da polícia, a vítima foi identificada como Joelton de Sousa Silva. Ele era assistente em uma loja especializada em conserto de celular. A suspeita é natural do município de Itaituba.
Ainda segundo a polícia, a vítima encontrou a mulher em um bar, o que teria motivado uma discussão entre os dois. Um amigo do casal interveio, depois o casal deixou o bar e foi para casa onde a briga continuou até que a mulher o feriu à faca.
Após desferir o golpe na vítima, a mulher saiu da casa informando aos moradores que teria dado uma facada no companheiro. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência foi acionado, mas o homem não resistiu ao ferimento.
O caso foi registrado na 16ª Seccional Urbana de Polícia Civil onde a mulher foi apresentada e posteriormente encaminhada para o IML e Central de Triagem da Penitenciária de Cucurunã, onde ficará à disposição da justiça.
Informações do g1 Santarém

Frei João recebeu alta da UTI do Hospital Municipal de Santarém.

Após sofrer acidente em Santarém, estado clínico de Frei João Schwieters  continua grave | Santarém e Região | G1

- Frei Alex e a Enfermeira Daniele acompanharam a transferência do Frei João para a área clínica do hospital – para a enfermaria onde ele permanecerá em observação durante as próximas 48 horas. A enfermeira Daniele me ligou, emocionada, para informar que Frei João estava acordado, e que ficou também emocionado ao encontrar com ela. Tentou falar, mas foi tranquilizado para não fazer esforço neste momento. Ele estava acordado e respondendo aos estímulos.
- Ele ainda apresenta a secreção, tendo necessidade de aspiração para ficar mais confortável e respirar melhor.
- A Notícia que recebi no início da noite de hoje, vinda da enfermeira acompanhante é que Frei João esteve um pouco agitado por causa da secreção da traqueo. Que a saturação dele estava baixa, em 84%, mas depois que foi feita fisioterapia e feita aspiração, a saturação subiu para 95%. Ele melhorou e conseguiu dormir.
- Agora que ele está fora da UTI, não teremos mais os boletins médicos diários, mas vamos passar as informações vindas das enfermeiras que estão acompanhando e cuidando do Frei João na enfermaria.

Sespa investiga dez casos de urina preta no Pará

O monitoramento está sendo feito pela Secretaria de Saúde do Estado
ASecretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) informou, na noite desta terça-feira (21), que foi notificada por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) e está investigando, no momento, dez casos suspeitos da síndrome de Haff, a doença da urina preta.
Os casos monitorados são: três em Belém, cinco em Santarém, um em Trairão e um em Almeirim.
Até a semana passada eram oito casos monitorados.
Os exames sanguíneos e de urina dos casos suspeitos foram encaminhados, por meio do Laboratório Central do Estado do Pará (Lacen), para laboratório de referência e não há ainda previsão de resultado.
Fonte: DOL

Amazonas tem 78 casos suspeitos de doença da urina preta

Amazonas tem 78 casos suspeitos de doença da urina preta (Foto: William Costa/PORTAL AMAZÔNIA)A Secretaria de Estado do Amazonas (SES), por meio da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) atualiza, nesta terça-feira (21/09), o cenário de rabdomiólise (doença da urina preta) no Amazonas.
São 78 casos suspeitos da síndrome registrados, sendo 63 (81%) em investigação epidemiológica e 15 (19%) descartados. O cenário atual da síndrome está divulgado no primeiro boletim epidemiológico periódico da doença, disponível em https://bit.ly/2XJYaes.
Dos nove novos casos em investigação epidemiológica, cinco são de Itacoatiara, três de Manaus e um de Itapiranga. Os pacientes de Manaus são dois homens (de 18 e 39 anos) e uma mulher (de 30 anos). Já os casos de Itacoatiara são três homens (28, 32 e 43 anos), e duas mulheres (46 e 33 anos). O paciente de Itapiranga é um homem (de 27 anos).
Dos 78 casos suspeitos da síndrome, dez pessoas seguem internadas, sendo nove de Itacoatiara e um de Itapiranga. Todos os pacientes estão estáveis.
O boletim de Situação Epidemiológica da Rabdomiólise no Amazonas aponta que os peixes mais consumidos e envolvidos nos casos de suspeita da síndrome investigados são: pacu (40%), tambaqui (37%) e pirapitinga (30%). Ainda conforme o boletim, 100% dos peixes consumidos são de vida livre, 85% são procedentes de rios e 9% de lagos.
O surto de rabdomiólise está sendo investigado por uma força-tarefa do Governo do Estado, cuja equipe a FVS-RCP é integrante. “A ciência não chegou ainda a uma conclusão sobre o que realmente causa a rabdomiólise. Então, é preciso entender que a investigação não é rápida”, destaca a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim.
O registro dos casos informados ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da FVS-RCP (CIEVS/FVS-RCP) aponta que os novos pacientes apresentaram CPK (creatinina-fosfoquinase) elevados, mialgia, náuseas, nucalgia, fraqueza muscular, dor abdominal e urina escura, após ingestão de peixes.
Segundo a coordenadora do CIEVS/FVS-RCP, Liane Souza, os pacientes apresentam alguns dos sintomas. Por isso, é tão importante que a investigação seja minuciosa. “Desses novos casos, apenas dois apresentaram urina escura. Estamos monitorando todos os casos individualmente”, disse.
Cenário no Amazonas
Dos casos compatíveis com o perfil de rabdomiólise , 15 estão distribuídos em cinco núcleos familiares. Os demais casos são isolados.
Os indivíduos do sexo masculino representaram 57% (36 de 63) dos casos compatíveis com o perfil da síndrome e os maiores de 40 anos foram os mais acometidos, totalizando 57% (36 de 63) dos casos, seguido da faixa etária entre 20 a 39 anos, com 25% (16 de 63) dos casos.
Dentre os 63 casos compatíveis, 60% dos casos ocorreram no município de Itacoatiara, 10% em Parintins, 10% em Manaus e 6% em Urucurituba.
Ainda do total de casos compatíveis, 41 (73%) casos ocorreram em agosto. O boletim destaca que Itacoatiara (a 176 quilômetros de Manaus) foi o município que mais registrou casos e onde foi aplicada restrição de consumo de pescado no dia 1º de setembro, por meio de comunicado de risco da FVS-RCP.
Em Itacoatiara, houve redução de 69% dos casos, comparando-se a última semana (14/09 a 20/09) com a semana anterior à restrição (25/08 a 30/08). A redução foi observada após intervenção de restrição do consumo de pescado.
Causas
A rabdomiólise é uma síndrome clínico-laboratorial que decorre da lesão muscular com a liberação de substâncias intracelulares para a circulação sanguínea. A doença pode ser causada por diversos motivos, incluindo a ingestão de peixes.
Pesquisadores do Grupo de Trabalho montado pelo Governo do Estado estão investigando as possíveis causas da síndrome no Amazonas. Amostras de peixes consumidos, de soro dos pacientes internados e de urina foram encaminhados para análise em Santa Catarina. O Amazonas aguarda o encerramento da análise.
A síndrome ocorre normalmente em pessoas saudáveis, na sequência de traumatismos, atividade física excessiva, crises convulsivas, consumo de álcool e outras drogas, infecções e ingestão de alimentos contaminados que incluem o pescado. O quadro clínico da doença pode incluir elevações assintomáticas das enzimas musculares séricas (creatinina-fosfoquinase – CPK).

Jovem de 24 anos é o quinto caso suspeito da Síndrome de Haff notificado em Santarém

Peixe da espécie pacu — Foto: Girlene Medeiros / G1 AMMulher foi atendida no hospital municipal e não precisou ficar internada. Amostras de sangue e urina foram colhidas e encaminhadas para análise.
Mais um caso suspeito da Síndrome de Haff, popularmente conhecida como doença da "urina preta" foi notificado em Santarém, no oeste do Pará. Trata-se de uma jovem de 24 anos que passou mal em casa, foi atendida no hospital municipal, mas por apresentar sintomas leves não precisou ficar internada.
A paciente chegou à unidade hospitalar por volta das 8h de segunda-feira (20) apresentando dores nas articulações. A jovem teria consumido um peixe da espécie pacu, pescado no Lago do Mapiri, na noite de domingo (19).
Amostras de sangue e urina foram colhidas e encaminhadas para análise. Após os atendimentos necessários, a jovem, recebeu alta médica nesta terça-feira (21).

Ministro Queiroga é diagnosticado com Covid-19 e permanecerá em quarentena em Nova York

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, come pizza na rua em Nova York, antes da Assembleia Geral da ONU, ao lado do presidente da Caixa, Pedro Guimarães; Luiz Eduardo Ramos, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência; Gilson Machado Neto, ministro do Turismo; Marcelo Queiroga, ministro da Saúde; e outros — Foto: Reprodução/Instagram
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, come pizza na rua em Nova York, antes da Assembleia Geral da ONU, ao lado do presidente da Caixa, Pedro Guimarães; Luiz Eduardo Ramos, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência; Gilson Machado Neto, ministro do Turismo; Marcelo Queiroga, ministro da Saúde; e outros — Foto: Reprodução/Instagram
Ministro da Saúde integrava comitiva que embarcou com o presidente Jair Bolsonaro no domingo (19) para participar da 76ª Assembleia Geral da ONU.
O Ministério da Saúde informou na noite desta terça-feira (21) que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foi diagnosticado com Covid-19 e permanecerá em quarentena, por 14 dias, em Nova York, nos Estados Unidos.
Queiroga é o segundo integrante da comitiva do presidente Jair Bolsonaro, que está em Nova York para participar da 76ª Assembleia Geral da ONU, a ser diagnosticado com Covid-19.
O ministro já tinha sido imunizado com duas doses de vacina contra o coronavírus. Em uma rede social, ele escreveu: "Comunico a todos que hoje testei positivo para #Covid19. Ficarei em quarentena nos #EUA, seguindo todos os protocolos de segurança sanitária".
Até o retorno do ministro ao Brasil, o secretário-executivo da pasta, Rodrigo Cruz, responderá pelo Ministério da Saúde como ministro-substituto.
Nesta segunda-feira (20), Queiroga circulou por Nova York com outros membros da comitiva. Em um vídeo postado nas redes sociais, o ministro aparece respondendo com um gesto obsceno a um protesto de brasileiros na cidade (vídeo acima).
No domingo (19), membros da comitiva de Bolsonaro, entre eles, Marcelo Queiroga, comeram pizza em uma rua da cidade.

Ministro da CGU passa a investigado após ataque a Simone Tebet na CPI Fonte: Agência Senado

Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia (CPIPANDEMIA) realiza oitiva do ministro da Controladoria-Geral da União (CGU) que deverá falar sobre desvio de recursos liberados pela União para estados e municípios e sobre uma suposta omissão da CGU em negociações irregulares no Ministério da Saúde.   Depois de ser acusado de omissão por Simone Tebet (MDB-MS), o ministro da CGU recomenda que a parlamentar relesse os processos que apuram a compra da vacina Covaxin.   Em resposta, Otto Alencar (PSD-BA) chamou Wagner Rosário de “moleque” e “pau mandado”. Em seguida, o ministro disse que Simone Tebet estava “totalmente descontrolada”.  O presidente da CPIPANDEMIA, suspende a reunião por dez minutos após bate-boca entre ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário e senadora Simone Tebet (MDB-MS).   Senadores discutem junto à mesa, participam: ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário; senadora Simone Tebet (MDB-MS);  presidente da CPIPANDEMIA, senador Omar Aziz (PSD-AM).  Foto: Roque de Sá/Agência SenadoO ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, passou de testemunha a investigado pela CPI da Pandemia, ao final de seu conflituoso depoimento nesta terça-feira (21). A oitiva foi interrompida depois que o depoente chamou a senadora Simone Tebet (MDB-MS) de "descontrolada", o que levou vários senadores a saírem em defesa da colega.
Simone acabara de expor uma cronologia das supostas ações e omissões da CGU na malograda negociação do Ministério da Saúde com a Precisa Medicamentos, para a compra de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin. Segundo ela, ao contrário de outros contratos relativos à pandemia da covid-19, a controladoria não agiu preventivamente para barrar irregularidades.
A senadora por Mato Grosso do Sul demonstrou que a CGU foi acionada "tarde demais", contrariando acordo firmado com o Ministério da Saúde em 2020 para analisar previamente os contratos da pandemia. Ela ressalvou que os auditores da CGU cumpriram seu dever, emitindo notas técnicas destrinchando as irregularidades. No dia 28 de junho, por exemplo, uma dessas notas apontava a tentativa indevida de pagamento antecipado pela Covaxin. Simone acusou Rosário de ter usado uma dessas notas técnicas apenas para defender o governo em uma entrevista coletiva.
Ao responder, Wagner Rosário recomendou que a senadora "lesse tudo de novo", pois só dissera "inverdades". Simone advertiu que o ministro não poderia dar ordens a uma senadora da República, e comparou-o a um "menino mimado". Foi então que Rosário usou o termo "descontrolada", gerando uma celeuma que precipitou o encerramento dos trabalhos. Ele disse ainda a Otto Alencar (PSD-BA), que o chamara de "moleque de recados" do presidente Jair Bolsonaro, que não responderia "em respeito à sua idade".
À saída da reunião, Simone Tebet disse que o ministro desculpou-se em particular:
— Ele entendeu que se exaltou e vamos dar por encerrado esse capítulo — disse a senadora.
Senador da base do governo, Marcos Rogério (DEM-RO) reconheceu que a fala do depoente foi "fora do tom", mas lembrou que Rosário foi acusado de prevaricação e atacado incessantemente:
— Era essa a situação que os membros da CPI queriam criar: de constrangimento para o ministro — afirmou.
Wagner Rosário vem sendo criticado pela cúpula da CPI por suposta omissão no caso Covaxin. No depoimento, ele defendeu sua atuação pessoal e a da CGU. Na semana passada, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), havia afirmado que Rosário prevaricou ao não mandar investigar suspeitas sobre o então diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, embora a CGU dispusesse de evidências colhidas em uma operação contra corrupção no Instituto Evandro Chagas, de pesquisa biomédica, em Belém.
Rosário refutou a acusação de prevaricação e alegou que a CGU abriu auditoria específica sobre o contrato da Covaxin, no último dia 22 de junho. Para os senadores, porém, a providência só foi tomada depois que a CPI expôs o caso:
— Quando a CGU abre procedimento, já era do conhecimento do Brasil todo. Eu só quero colocar as datas aqui para deixar claro, sem juízo de valor. Por enquanto! — explicou Omar Aziz.
Diversos senadores criticaram o tom do depoente, qualificado de "petulante" por Rogério Carvalho (PT-SE). Wagner Rosário chegou a ser advertido por Tasso Jereissati (PSDB-CE), no exercício da presidência, para "baixar a bola".
Por sua vez, senadores que têm defendido as posições do governo, como Marcos Rogério e Eduardo Girão (Podemos-CE), protestaram contra a forma como os trabalhos vinham sendo conduzidos, acusando a cúpula da CPI de comentar notícias fora do escopo da investigação ou interromper as falas do depoente.
Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo no Senado, criticou o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), quando este traçou uma analogia entre o depoente e o personagem Fabiano, do romance "Vidas Secas", de Graciliano Ramos — violento com a família e subserviente com os poderosos.
Eduardo Girão insinuou que a mesa da CPI estaria retardando os trabalhos para impedir perguntas dos governistas sobre malversação de recursos federais repassados a estados e municípios. O senador pelo Ceará requereu, por conta disso, nova convocação do depoente. Omar Aziz concedeu a palavra a Girão, que perguntou sobre as investigações da CGU sobre estados e municípios.
— Sim, houve prejuízo ao erário. O valor total investigado em todas essas 71 operações foi de R$ 4,2 bilhões, com prejuízo potencial de R$ 250 milhões e prejuízo efetivo e já mensurado R$ 56,4 milhões — respondeu o ministro.
Porém, ao ser perguntado sobre denúncias contra o Consórcio Nordeste, Wagner Rosário alegou o segredo de Justiça para não entrar em detalhes da investigação.
Covaxin
Em uma inquirição tensa, que durou mais de quatro horas, o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), insistiu na demora da CGU para investigar o contrato entre o ministério e a Precisa Medicamentos, representante da empresa indiana Bharat Biotech. Renan perguntou por que o valor de 15 dólares por dose, bem mais alto que o de outras vacinas, não levantou suspeita da CGU. Rosário alegou que foi consultado o site da própria fabricante da Covaxin, a Bharat Biotech, procedimento qualificado como "ridículo" por Renan.
Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI, exibiu vídeo mostrando que suspeitas sobre a atuação de Roberto Ferreira Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, já circulavam na imprensa em outubro do ano passado. E perguntou a Rosário se na época a CGU tomou providências.
— A gente não tenha nenhuma informação de necessidade de afastamento de Roberto Dias. Providências em relação a quê? Uma reportagem do Diário do Nordeste? — rebateu o ministro da CGU.
Bolsonaro na ONU
Ao longo de todo o dia, o discurso do presidente Jair Bolsonaro à Assembleia-Geral das Nações Unidas serviu de pano de fundo às intervenções dos senadores. A reunião começou com uma hora e meia de atraso, segundo Omar Aziz, para aguardar a fala presidencial em Nova York (EUA). A pedido do relator Renan Calheiros, foi exibido um trecho do discurso de Bolsonaro, defendendo o "tratamento precoce" com medicamentos sem eficácia comprovada e atacando a obrigatoriedade de vacinação.
— Bolsonaro repetiu seu papel de figura rudimentar, anacrônica, transitória e propagadora de mentiras. O seu discurso foi uma mentira só do começo ao fim — avaliou Renan.
Também foram criticados o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, por um gesto obsceno dirigido a manifestantes anti-Bolsonaro em Nova York, e Jair Renan Bolsonaro, filho do presidente, que postou vídeo nas redes sociais interpretado como ameaça à CPI.
Rogério Carvalho pediu que a CPI tomasse medidas contra o filho do presidente. Omar Aziz minimizou a atitude de Jair Renan como "tolice de um menino que acha que pode tudo" e qualificou o gesto do ministro da Saúde como "deprimente".
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte: Agência Senado

PEC que altera regras eleitorais está na pauta de quarta-feira Fonte: Agência Senado

Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia (CPIPANDEMIA) realiza oitiva do ministro da Controladoria-Geral da União (CGU) que deverá falar sobre desvio de recursos liberados pela União para estados e municípios e sobre uma suposta omissão da CGU em negociações irregulares no Ministério da Saúde.   Em pronunciamento, senadora Simone Tebet (MDB-MS) reclama da O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), pautou para nesta quarta-feira (22) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 28/2021, que promove modificações na legislação eleitoral. Além deste texto, a pauta tem mais quatro itens. A sessão deliberativa será semipresencial, com previsão de início às 16 horas.
A PEC 28/2021 veio da Câmara dos Deputados e conta em dobro os votos dados a candidatos negros e mulheres para efeito da distribuição dos recursos dos fundos partidário e eleitoral nas eleições de 2022 a 2030.
Relatado pela senadora Simone Tebet (MDB-MS) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que tem reunião marcada para a manhã desta quarta, o texto prevê que os deputados federais, estaduais e distritais e os vereadores que saírem do partido pelo qual tenham sido eleitos não perderão o mandato se o partido concordar com a saída. Hoje, em qualquer hipótese, eles perdem o mandato, exceto se houver justa causa prevista em lei.
A relatora suprimiu grande parte da proposta dos deputados. Sobre a organização dos partidos políticos, por exemplo, o projeto original retomava a possibilidade da formação de coligações em eleições proporcionais, hoje permitidas apenas para as eleições majoritárias. Simone retirou esse item, argumentando que ele distorce o voto do eleitor, violando o direito ao voto direto, cláusula da Constituição que não pode ser mudada (cláusula pétrea).