quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Evangélica é capa da Playboy e justifica: profissão e religião “são áreas diferentes”

selecionadas-ufc-sp-20130119-06-size-598A paulistana Aline Franzoi, 21 anos, é a capa deste mês da revista Playboy. Ela ficou conhecida como uma das primeiras “ring girl” do Brasil, nome das meninas que erguem as plaquinhas nos intervalos das lutas do UFC.
Curiosamente, o material de divulgação anuncia que a modelo, estudante de direito e ex-garota do octógono é “a primeira evangélica a posar nua” para a versão brasileira da Playboy. Aline congrega na Assembleia de Deus, denominação conhecida durante muito tempo por sua rigidez em relação à vestimenta e ao corte de cabelo das mulheres.
Modelo há seis anos, Aline usou seu perfil no Facebook para se justificar, sabendo que será criticada pelos evangélicos: “Para a questão RELIGIÃO que saíram em manchetes dizendo “Evangélica”, esta será a primeira e única vez que falarei, somente para que entendam. Em nenhum momento fiquei enfatizando minha religião em trabalhos e nunca quis vincular informações desta maneira, pois são áreas diferentes!”, escreveu.
Em entrevista ao jornal Extra, declarou: “Estou bem segura e feliz quanto ao resultado das fotos… Meus familiares e namorado adoraram! Estamos superfelizes”. A “temática” do ensaio que chega às bancas nesta terça-feira é justamente o MMA.

KIT GAY VOLTA AMPLIADO ÀS ESCOLAS



kit-gay-nas-escolas-300x225Em abril de 2011, pressionada politicamente pelas bancadas católica, evangélica e da família, a Presidência da República vetou a distribuição para as escolas do material de auxílio didático produzido pelo Programa Escola Sem Homofobia. Apelidado de “kit gay”, o estojo continha três vídeos e um guia para os professores, com aplicação restrita aos alunos do ensino médio. Não foi difícil para o Ministério da Educação (MEC) atender ao pedido presidencial porque se tratava de material complementar que não refletia no conteúdo dos livros daquele ano.

A oposição ao Programa não se deu em função da temática em si e nem pela falta de reconhecimento da necessidade de enfrentar o problema, mas pela maneira equivocada de abordar o assunto. Na oportunidade, a Secretaria Geral da Presidência da República prometeu às representações políticas que, dali em diante, toda edição de material sobre “costumes” passaria antes pelo olhar da Presidência e por um amplo debate com a sociedade civil.