sexta-feira, 12 de junho de 2020

Hospital Municipal de Rurópolis realiza parto bem sucedido de gestante com covid-19

Equipe multiprofissional do Hospital Municipal de Rurópolis, sudoeste do Pará, realizou pela primeira vez um parto de gestante diagnosticada com covid-19. O feito considerado um grande desafio para a equipe envolvida, foi realizado com sucesso no início desta semana e segundo a o Comitê de Operações Especiais (COE) da Secretaria Municipal de Saúde, mãe e filha passam bem.
Quando chegou ao conhecimento da equipe do COE, por meio de contato com o disk vigilância da secretaria municipal de Saúde de Rurópolis, que uma gestante apresentava sintomas sugestivos de covid-19, imediatamente, ela foi referenciada para o município de Santarém, no oeste do Pará, por se tratar de gravidez considerada de alto risco. A comunicação ao COE foi feita no dia 29 de maio.
O COE avaliou que o caso necessitava de atenção de serviços de alta complexidade com retaguarda de leitos de UTI materna e neonatal, conforme orientam os protocolos do Ministério da Saúde, e Rurópolis não conta com essa retaguarda.
A transferência da paciente só foi liberada no dia 7 de junho, mas para o Hospital Municipal de Santarém e não para o Hospital Regional do Baixo Amazonas como o caso necessitava. Por esse e outros motivos, a gestante e sua família se negaram a ir para Santarém, assinando um Termo de Responsabilidade e optando por permanecer em Rurópolis, mesmo sabendo dos riscos que corriam mãe e bebê.
Diante da decisão da gestante e de sua família, as equipes da Maternidade e do Setor de Covid-19, do Hospital Municipal de Rurópolis, equiparam um quarto para realização do parto normal, mas a paciente não apresentou as condições ideais, sendo necessária a realização de parto cesáreo.
“Por se tratar de uma gestação de alto risco, a paciente foi encaminhada para Santarém mas optou em ficar e ter seu filho em Rurópolis, o que nos deixou apreensivos pela experiência inédita e desafiadora à nossa equipe. A equipe cirúrgica se paramentou adequadamente, inclusive com macacões e aventais cirúrgicos descartáveis, para garantir sua a biossegurança”, relatou o médico José Roberto, que comandou a equipe do HMR no centro cirúrgico.
A assistência pré, parto e pós-parto envolveu uma equipe composta por: 1 cirurgião, 1 neonatologista, 1 enfermeira pediátrica, 3 enfermeiras generalistas, 5 técnicas de enfermagem e 1 auxiliar de serviços gerais.
Apesar da tensão e do desafio, a equipe realizou o procedimento cirúrgico sem problemas. Mãe e filha passam bem e seguem sob cuidados da equipe de setor de covid-19 do HMR.
A menina terá amostra colhida para realização de estudo genético, com objetivo de verificar se houve ou não a transmissão vertical da covid-19.
“O parto e o nascimento foram bem sucedidos, mãe e filho passam bem e continuam sob cuidados dos profissionais de saúde. Esta experiência renova nossas esperanças e fé em dias melhores e mostra o quanto estamos comprometidos, mesmo diante um pandemia e tantas adversidades. Nosso profundo agradecimento à equipe corajosa que realizou esse feito inédito em nossa cidade”, escreveu a Secretaria Municipal de Saúde em uma rede social.
Especialistas afirmam que a fisiopatologia da doença expõe a risco de parada cardiorrespiratória durante a cirurgia e predispõe a doenças da coagulação no pós-parto, por isso, o parto de paciente com covid-19 é considerado de alto risco e requer suporte de alta complexidade com UTI para mãe e bebê.

Equipe que participou do atendimento à gestante.
Centro Cirúrgico:
Dr. José Roberto
Enfermeira Maria dos Anjos
Téc. Enf. Antonia Rosa
Téc. Enf. Neusirene Alves
Aux. Serviços Gerais Mikhaelly Tavares
Pré e pós-operatório:
Enfermeira Rebeka Fonseca
Enfermeira Gildeni
Téc. Enf. Cledilene Farias
Téc Enf. Andreia Pádua
Dra. Gláucia Wanderley
Enfermeira Jéssica Santos
Téc. Enf. Terezinha Santos

Manaus será a primeira cidade brasileira a vencer a Covid-19, aponta estudo

Um estudo aponta que Manaus pode ser a primeira cidade brasileira a vencer a pandemia de coronavírus.

A conclusão é da 10 ª edição do boletim Atlas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Universidade Federal do Amazonas, UFAM, divulgado nesta quinta-feira (11).
Pela internet, os pesquisadores da Instituição apresentaram gráficos simulando o processo de contaminação da população desde o início da pandemia.
A partir disso, foi observado que Manaus apresentou uma queda considerável no número de mortes pelo coronavírus nas últimas semanas mesmo antes da queda no número de casos.
Os pesquisadores afirmam que esse achatamento na curva aponta para uma rápida diminuição das ocorrências de mortes, podendo chegar próximo de zero.
É o que diz o coordenador do estudo, professor Henrique dos Santos Pereira. Ouça:
É o que diz o coordenador do estudo, professor Henrique dos Santos Pereira. Ouça:



Segundo o estudo, a queda no número de mortes está ligada ao fato de que o vírus se tornou menos agressivo.

Isso faz com que menos pessoas precisem de internação, desacelerando a taxa de letalidade da doença na capital.

Da redação

Bolsonaro fala que pode VETAR auxílio se Congresso pedir valor de R$ 600

Apesar de já ter confirmado que havia quarta e quinta parcelas, o presidente afirmou que irá vetar a prorrogação, caso o Congresso opte pagar R$ 600
No fim da noite da última quinta-feira (11), o presidente Jair Bolsonaro falou sobre a prorrogação do auxílio emergencial, durante sua live semanal. Apesar de já ter confirmado que havia quarta e quinta parcelas, o presidente afirmou que irá vetar a prorrogação, caso o Congresso opte pagar R$ 600 aos trabalhadores de baixa renda.
O ministro da Economia Paulo Guedes já havia afirmado que o objetivo do governo é pagar duas parcelas extras de R$ 300 cada uma. O benefício foi criado para ajudar trabalhadores informais, autônomos, microempreendedores individuais (MEIs) e desempregados durante a pandemia do novo coronavírus.
Enquanto Paulo Guedes e Jair Bolsonaro defendem quarta e quinta parcelas a R$ 300, Rodrigo Maia, presidente da Câmara, defende que as novas parcelas continuem pagando R$ 600.
Bolsonaro disse, durante a sua live semanal, que irá vetar a prorrogação, caso o valor de R$ 600 seja insistido pelo Congresso. “Na Câmara por exemplo, vamos supor que chegue uma proposta de duas parcelas de R$ 300. Se a Câmara quiser passar para R$ 400, R$ 500, ou voltar para R$ 600, qual vai ser a decisão minha? Para que o Brasil não quebre? Se pagar mais duas de R$ 600, vamos ter uma dívida cada vez mais impagável. É o veto”, declarou o presidente.

De acordo com Bolsonaro, pagar mais duas parcelas de R$ 600 aos trabalhadores vulneráveis geraria impacto de mais R$ 100 bilhões nas contas do governo. Ainda de acordo com o presidente, esse valor atrapalharia a gestão da dívida pública e da taxa Selic.