O fato tem causado polêmica entre
moradores e empresários do trecho. É o caso do empresário Jonatas da
Silva, que possui uma Autoescola. A empresa foi notificada para retirar a
cobertura que é apoiada por esteios, para desobstruir a calçada, mas,
segundo ele, os esteios da cobertura ficam dentro do terreno da empresa,
já que o prédio foi erguido de maneira recuada aos demais prédios do
quarteirão. “Sabemos que não pode estacionar nas calçadas, mas existem
muitos prédios que foram feitos recuados como o nosso. Estamos ocupando
um espaço após a calçada, que pertence ao terreno da empresa. Outro
ponto que questionamos, é que não há clareza quanto ao tamanho
determinado para as calçadas. Há muito rigor na desobstrução das
calçadas, mas não há uma definição de quantos metros esta calçada deve
ter e isso prejudica até mesmo quem quer realizar as adequações.”,
declarou.
O empresário alega que a avenida
apresenta situações irregulares porque nunca houve orientação das
autoridades municipais quanto à ocupação do local, que foi acontecendo
ao longo dos anos, ferindo o Código de Postura. Ele ressalta que o
perímetro concentra vários empreendimentos e que não pode simplesmente
haver imposições sem contraponto. “Isto está acontecendo por conta do
crescimento desordenado da cidade nesta região. Durante muitos anos a
cidade foi crescendo na área próxima a rodovia. Aqui acaba sendo uma
região de comércio crescente, com muito movimento o que gera uma
arrecadação grande para o município de Santarém. Acredito que temos que
ver o que é melhor para todos, tomando decisões que beneficiem a
população como um todo”, disse Jonatas Silva.
Outra empresária que se vê prejudicada é
Rosivane Cavalcanti. Ela possui um restaurante e também mora no local
há 15 anos. Segundo ela, a cobertura que fica em frente ao
estabelecimento foi notificada e também deve passar por adequações.
“Deram apenas 15 dias e acaba sendo um prazo que é impossível da gente
fazer os ajustes que eles querem, ainda mais nesta época em que o
movimento está fraco, o que diminui a nossa arrecadação, e as chuvas
dificultam a realização de obra. Muitas vezes, os jovens que estão indo
ou vindo das Faculdades, se abrigam na nossa cobertura. Querendo ou não
elas ajudam os pedestres. Será que é justo que estas pessoas fiquem na
chuva?”, questiona.
Rosivane alega que a determinação
diminuiu consideravelmente o movimento da clientela e que pode ser
obrigada a fechar as portas em breve.
Fonte: RG 15/O Impacto
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