A autossabotagem costuma aparecer de forma silenciosa: quando você adia uma tarefa importante, evita uma oportunidade ou desiste de um plano que desejava há muito tempo.
À primeira vista, parece apenas falta de vontade ou disciplina.
Esse tipo de comportamento que acontece dentro do cérebro nada mais é do que uma disputa constante entre estruturas emocionais e racionais — um conflito que molda decisões, comportamentos e até a forma como lidamos com desafios.
O psicólogo Yuri Busin explica que esse embate ocorre principalmente entre a amígdala, região ligada ao medo e à autoproteção, e o córtex pré-frontal, responsável pelo planejamento e pela tomada de decisão.
“A autossabotagem é uma briga entre o emocional e o racional.
A amígdala reage primeiro e tenta poupar energia, empurrando a pessoa para aquilo que é mais automático e menos desconfortável”, afirma.
A busca por segurança imediata faz com que o cérebro evite mudanças — mesmo quando elas são essenciais para o crescimento pessoal.
Quando o corpo interpreta uma situação nova como ameaça, a tendência é fugir.
É aí que, segundo a neuropsicóloga do Hospital Sírio-Libanês, Sandra Schewinsky, entra o sistema límbico — o circuito das emoções.
Ele reage antes do pensamento racional, ativando sinais de alerta diante de desafios como uma promoção no trabalho, um encontro importante ou um novo projeto.
“O córtex pré-frontal interpreta essa emoção como risco e pode optar pela esquiva. Além disso, o circuito de recompensa participa ativamente do processo”, explica.
Regiões como o núcleo accumbens (parte do cérebro que funciona como a interface entre a motivação e a ação) liberam dopamina quando a pessoa evita a tarefa temida, gerando um alívio rápido.Fonte : Portal Metrópoles
Blog do Xarope via Portal Metrópoles
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