quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Tapajós e São Francisco vão entrar com pedido por cassação de liminar que suspende Segundinha

Nerivaldo Cesar e Sandeclei Monte, presidentes de São Francisco e Tapajós, querem disputar primeira final no domingo — Foto: Elailson Gomes (Catola)
Nerivaldo Cesar e Sandeclei Monte, presidentes de São Francisco e Tapajós, querem disputar primeira final no domingo — Foto: Elailson Gomes (Catola)
A partir do arquivamento da denúncia da Desportiva, clubes entendem que é possível conseguir permissão para realizar primeiro jogo da final já no domingo.
O primeiro julgamento sobre as denúncias que suspenderam as finais da segunda divisão do Campeonato Paraense ocorreu na tarde de quarta-feira (28). A 2ª Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva do Pará (TJD/PA) julgou improcedente a denúncia da Desportiva, que acusava o Paraense Futebol Clube inscrever mais jogadores do que permitia o regulamento da competição, e arquivou o processo em primeira instância – o clube de Marituba ainda pode recorrer.
Apesar da decisão, a Segundinha ainda segue suspensa, aguardando o segundo julgamento, da denúncia da Tuna Luso contra o Tapajós, alegando que o Boto inscreveu o zagueiro Thiago Costa de maneira irregular – ele teria sido o 11° atleta inscrito após a estreia, quando as regras só permitem mais dez. Mas os clubes finalistas da competição, Tapajós e São Francisco, querem utilizar a decisão sobre o caso da Desportiva para retomar os jogos do campeonato.
As diretorias entendem que a linha de raciocínio adotada pelos relatores na quarta dá subsídios para que a liminar que suspende as finais do campeonato – ainda em vigor – seja derrubada. O advogado do Boto da Amazônia, André Cavalcante, entrará na tarde desta quinta-feira (29) com um pedido para a cassação desta liminar e a continuidade da competição.
-Não foi acatada a denúncia do procurador, mas a liminar que ele concedeu suspendendo os jogos ainda não foi cassada. Ela segue valendo porque abrange também o julgamento da Tuna contra o Tapajós, na sexta-feira. O Tapajós e o São Francisco vão verificar o que foi definido no julgamento da Desportiva que nos permita formalizar um pedido ao presidente do Tribunal para derrubar a liminar e nos liberar para trabalhar o jogo já para este domingo – explicou Nerivaldo César, presidente do São Francisco.
O alegado pelo Tapajós é que, ao considerar que o que vale é a data dos registros do contrato dos atletas na Diretoria de Registro e Transferência (DRT) – e não a da publicação dos contratos no Boletim Informativo Diário (BID) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) -, o TJD também deve considerar improcedente a denúncia da Tuna, já que três atletas denunciados foram registrados antes da estreia do Boto na Segundinha.
Advogado André Cavalcante tentará derrubar liminar  — Foto: Cesar Perrari/O Liberal
Advogado André Cavalcante tentará derrubar liminar — Foto: Cesar Perrari/O Liberal
O presidente do Tapajós, Sandeclei Monte, mostrou confiança de que o pedido para a derrubada da liminar será aceito e que a primeira partida da grande final possa ser realizada no próximo domingo (2), em Santarém.
- Quando o tribunal afirma que o que vale é a inscrição dos atletas, só dos 11 que a Tuna nos acusa, três foram antes do primeiro jogo, sem contar com os outros que disputaram o (Paraense) sub-20. O André (Cavalcante) vai entrar com o pedido para derrubar a suspensão. Eu tenho 99% de certeza que o primeiro jogo será no domingo e o próximo na quarta-feira – destacou.
A ação da Tuna será julgada na próxima sexta-feira, na sede da Federação Paraense de Futebol, pela 1ª Comissão Disciplinar do TJD/PA. Após o arquivamento do processo da Desportiva, o vice-presidente da FPF, Maurício Bororó, pediu cautela com prazos para a realização dos jogos.

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