Nesta semana, um estagiário do Ministério Público do Rio de Janeiro foi preso ao confessar que roubou celulares, notebooks e tablets retidos em operações realizadas pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Os aparelhos eram provas de uma operação que faz parte do desdobramento da Lava Jato.
O jovem que trabalhava no Ministério Público desde junho de 2021 disse que furtou os aparelhos eletrônicos de um depósito do Gaeco durante uma obra feita no local. No entanto, após uma inspeção, funcionários do local detectaram que os pacotes onde deveriam estar os equipamentos foram violados.
Após a confissão, o ex-estagiário devolveu dois celulares e indicou os nomes dos receptores de outros dois aparelhos celulares, já recuperados pela polícia. Em nota, o MPRJ alega que o incidente não causou nenhuma perda de informação que prejudicasse a investigação original, informando que os dados referentes à Operação Favorita (onde 17 pessoas foram presas) já haviam sido extraídos dos aparelhos quando o furto ocorreu.
Após a recuperação dos aparelhos furtados, foi instaurada uma nova investigação para identificar o esquema de receptação de telefones celulares roubados. Os novos dados dos celulares que foram recuperados serão utilizados para embasar a nova investigação.
Em nota oficial, o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) informa que "foi solicitado ao Juízo, que fossem extraídos novos dados contidos no aparelho após o furto (inseridos após o terceiro comprar do receptador), para instruir nova investigação em curso sobre organizações criminosas especializadas no roubo e receptação de celulares, já que, como dito, a extração dos dados que estavam no aparelho quando da sua apreensão, já havia sido feita".
Também destaca que "Esta outra investigação, em andamento, busca identificar a teia de receptadores que alimentam esse mercado de furto e roubo de telefones celulares, crimes que tanto impactam a vida da população. Nesse cenário, é de extrema relevância saber a cadeia de pessoas pelos quais o aparelho passou".
Com informações do Poder 360
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