PAI NOSSO QUE ESTAIS NO CÉU OLHAI POR NÓS
Não
se pode negar que o governo brasileiro falha bastante na atenção às
mais diversas áreas relacionadas a ajuda às populações mais carentes do
país. Bolsa Família e “Minha Casa, Minha Vida”
não são suficientes para nos fazer fechar os olhos para a gravidade de
um problema que vem crescendo como erva daninha e está sendo ignorada:
a doença da dependência química e seus efeitos devastadores na
sociedade. As iniciativas engendradas pelas entidades não
governamentais não são suficientes para amenizar a situação que cresce
de forma assustadora nos lares, bairros, praças e até nos ambientes de
trabalho. A própria Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou o
vício do álcool e outras drogas como doença, o que não deixa dúvidas de
que se trata de uma questão a ser vista com mais atenção pelos
governos. A dependência química não pode mais ser tratada como um
problema que diz respeito apenas às famílias atingidas. É um problema
social que assume proporções de efeitos devastadores. A falta de
políticas públicas subtende que as gestões brasileiras estão tão
inábeis quanto às famílias que assistem à degradação de seus membros.
Para resolver o problema é preciso conhecer o assunto e sua
complexidade. Mergulhar no âmago das famílias e se colocar no lugar do
doente. Exige sensibilidade, responsabilidade, respeito com o ser
humano e muita determinação. O sinal passou do amarelo para o vermelho
incandescente. Ou se arranja um tempo para olhar a questão agora ou o
país se encolherá, constrangido, por sua inoperância.
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