“É possível promover o desenvolvimento sem derrubar a Floresta”, diz o comunitário que tira da terra seu sustento e luta em defesa da Flota.
Na luta pelo desenvolvimento da Floresta Estadual de Faro com custeabilidade, se destaca a história de um morador da comunidade do Português, Etelvino Neves de Souza, de 30 anos. Ele é um exemplo de que é possível desenvolver sem desmatar. Etelvino vive de acordo com o que acredita, contribui para a construção de uma estratégia de desenvolvimento sustentável, através de boas práticas no uso dos recursos naturais, que gerem também renda para a comunidade.
Pensando nisso, ele se prepara para abrir as portas de uma pousada para atender os turistas que irão conhecer a Flota de Faro, realidade na Unidade de Conservação, que teve seu plano de uso público aprovado e já está recebendo turistas. “Eu trabalho com a extração da copaíba há um ano e tenho o cuidado de zelar pela natureza, utilizando as árvores sem deixar danos, e agora também sou um agente ambiental comunitário”, conta o comunitário.
Etelvino é um dos 26 agentes ambientais comunitários credenciados pelo Governo do Estado do Pará para exercer ações de educação ambiental, boas práticas de produção agroextrativista e monitoramento dentro da Flota. Ele e a família também trabalham com a meliponicultura (criação de abelhas sem ferrão) e como piloteiro das embarcações guiam os turistas dentro da Unidade de Conservação.
O projeto de Etelvino é acompanhado pelo programa Territórios Sustentáveis, uma iniciativa da Agenda Pública, Equipe de Conservação da Amazônia, Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia que atua com vários eixos buscando contribuir para a construção de uma estratégia de desenvolvimento territorial sustentável em Faro, Terra Santa e Oriximiná.
Flota de Faro: A Floresta Estadual de Faro (Flota/Faro), no oeste do Pará, possui uma área de 613.868 hectares onde 98% da área é floresta preservada e a atividade econômica gira em torno da agricultura familiar, extrativismo (coleta da castanha e extração de óleo de copaíba), meliponicultura (criação de abelha sem ferrão) e turismo de pesca.
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