O coronel da Polícia Militar Aroldo Ribeiro, recebia a quantia de R$ 15 mil mensais para servir de escolta particular para empresário da Maus Caminhos.
O coronel da Polícia Militar do Estado do Amazonas (PM AM) Aroldo Ribeiro, foi apontado pelas investigações da operação Maus Caminhos, como o braço militar da organização criminosa comandada pelo empresário Mouhamad Moustafa.
Aroldo foi preso temporariamente no dia 13 de dezembro de 2017, durante a segunda fase da Maus Caminhos denominada como Custo Político, deflagradas pela Polícia Federal (PF), com o intuito de investigar e desarticular uma organização criminosa que desviava recursos da Secretaria de Estado de Saúde (Susam), por meio de lavagem de dinheiro e corrupção de agentes políticos.
A enfermeira e sócia do líder da quadrilha Mouhamad, Jennifer Nayiara Yochabel Rufino Corrêa da Silva, apontou o coronel Aroldo como a pessoa responsável em recrutar e gerenciar um grupo de policiais militares que faziam a escolta pessoal e particular do médico e empresário Mustafa.
O coronel da PM recebia de Mouhamad o "salário fixo" de R$ 15 mil enquanto cada policial recebia a quantia de R$ 700 por semana, para fazer a segurança pessoal e escolta da quadrilha.
Aroldo chegou a ser subcomandante da Polícia Militar na gestão do ex-governador José Melo (PROS), e teve seu nome indicado pelo empresário para assumir a gestão da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), conforme mostrou registros de mensagens trocadas entre Mouhamad e seu advogado.
O coronel ainda permaneceu preso no Comando Geral da PM no bairro de Petrópolis, mas como não houve um pedido do Ministério Público Federal (MPF), de renovação da prisão temporária do PM, Aroldo foi solto sem precisar pedir um Habeas Corpus.
Em deleção premiada, homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a enfermeira informou que Mouhamad exigia que sua segurança fosse feita por policiais pagos pelo Estado.
O grupo chefia por Mouhamad Moustafa é acusado de desviar recursos públicos destinados a saúde do estado do Amazonas em uma quantia que ultrapassou o valor de R$ 100 milhões e envolvia agentes públicos, empresários e políticos do Amazonas. A operação que investiga essa organização criminosa é responsável pela prisão do ex-governador José Melo e sua esposa Edilene Oliveira.
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