Quem trafega na Rodovia Santarém-Cuiabá
(BR-163), no trecho compreendido entre o município de Belterra, até o
quilômetro 145, no município de Placas, deve redobrar a atenção no
trânsito. Nas últimas semanas, por conta da grande quantidade de buracos
no referido trecho da rodovia federal, vários acidentes envolvendo
veículos pesados foram registrados na BR-163.
Se para os motoristas que trafegam
eventualmente pela rodovia que liga Cuiabá, no Mato Grosso, até o Porto
de Santarém, no Pará, transitar pelo trecho é uma tarefa difícil,
imagine para quem mora às margens da estrada e precisa utilizá-la todos
os dias. Por conta dos problemas decorrentes da falta de manutenção da
rodovia, 4 mortes foram registradas por órgãos de segurança, somente no
mês de julho, entre os municípios de Rurópolis e Belterra, no oeste do
Pará.
Entre as vitimas estão: três
agricultores da Comunidade de Amapá, em Belterra, em um caminhoneiro,
que residia no Distrito de Divinópolis, localizado no quilômetro 70, da
rodovia Transamazônica, em Rurópolis. O grande número de óbitos
decorrentes de acidentes de trânsito na BR-163 levaram moradores e
caminhoneiros a pedir providências por parte dos órgãos competentes.
Famílias que residem às margens da
rodovia cobram que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) faça o
patrulhamento desde a localidade do Portão de Belterra, até Rurópolis.
Hoje, a PRF, segundo os comunitários, faz o patrulhamento apenas na zona
urbana de Santarém, principalmente no trecho da BR-163, que passa sob o
viaduto da rodovia Fernando Guilhon.
Para os comunitários, já existem outros
órgãos capazes de fazer as fiscalizações de trânsito na área urbana de
Santarém, como Ptran, Detran e a Secretaria Municipal de Mobilidade e
Trânsito (SMT).
SERVIÇOS DE TAPA-BURACO: Pressionado
por motoristas, proprietários de veículos automotores e atendendo uma
reivindicação do deputado estadual Airton Faleiro (PT), o 8º Batalhão de
Engenharia de Construção continua os serviços de tapa-buraco, no trecho
compreendido entre a Comunidade de São Jorge, em Belterra, na Região
Metropolitana de Santarém (RMS), até Rurópolis, na região oeste do Pará.
Por conta do período chuvoso milhares de
buracos se abriram no trecho da rodovia dificultando o tráfego de
veículos. Em alguns trechos que ainda não foram recuperados, veículos
têm dificuldades para trafegar. Devido grãos cair das carretas por causa
da trepidação na rodovia, em dezenas de buracos é possível observar o
surgimento de sementes germinadas de arroz. Em algumas delas, cachos de
arroz estão prontos para serem colhidos.
Em trechos que já foram recuperados é
possível trafegar com segurança. Em um trecho, uma placa do Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), instalada no
quilômetro 105, indica o valor que foi aplicado na 1ª etapa de
revitalização funcional da BR-163. O contrato de restauração e
manutenção da rodovia no trecho Santarém/ Belterra foi orçado em R$
33.958.926,00. A obra foi executada pela Construtora Centro Minas Ltda
(CCM).
Já a outra fase de recuperação da
rodovia, realizada pelo 8º BEC, iniciou em Rurópolis em direção a
Belterra. A obra está prevista para ser finalizada ainda no mês de
agosto deste ano.
De acordo com o deputado estadual Airton
Faleiro, os serviços realizados na BR-163 são frutos da pressão feita
em Brasília, após a realização de uma caravana, que contou com a
participação de 70 lideranças da região oeste do Pará. Ele destaca que
foram negociados vários pontos com o Governo Federal, entre eles, a
recuperação do asfalto da BR-163.
“Foi acordado que de forma imediata o
Governo iria ordenar a realização de serviços específicos para tapar os
buracos na estrada federal. Acordamos, também, a finalização do
asfaltamento até Rurópolis, que falta apenas 12 quilômetros, assim como
em toda a extensão da BR-163. Já estamos aguardando, também, a liberação
das obras para a duplicação da rodovia no trecho urbano de Santarém,
entre a Companhia Docas do Pará, até o 8º BEC”, enfatizou Faleiro.
Neste ano, a estimativa é de que 150 mil
caminhões cruzem a BR-163 com 6 milhões de toneladas de grãos. A
rodovia tem mil quilômetros no Pará e um dos trechos mais críticos fica
entre os municípios de Novo Progresso e Itaituba, no oeste do Estado.
São cerca de 240 quilômetros de estrada de terra. Muitos perigos e quase
nenhuma sinalização.
MORTES NA RODOVIA: Por
volta das 23:50 horas de segunda-feira (28) uma carreta e um caminhão
boiadeiro se chocaram de frente no quilômetro 131 da BR 163, próximo ao
município de Rurópolis, causando uma vítima fatal. O motorista da
carreta, que até agora não foi identificado, não teve ferimentos. O
motorista do caminhão boiadeiro que saiu de Santarém com destino a
Rurópolis, Saulo Freitas da Silva, 23 anos, morador do Distrito de
Divinópolis, no quilômetro 70 da BR-230 (Transamazônica), não teve a
mesma sorte e faleceu, enquanto militares do 8º BEC, que trabalham no
asfaltamento da Rodovia, serravam a cabine do veículo para retirá-lo.
Uma outra pessoa que vinha como carona no caminhão, Alexandre José
Ferreira de Souza, de 28 anos, natural do Paraná, teve as duas pernas
fraturadas e está no PSM de Santarém. Os veículos seguiam em sentidos
opostos. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) suspeita que o acidente
tenha acontecido depois que o caminhão invadiu a contramão. A carreta
estava carregada com cerâmicas que ficaram espalhadas pela rodovia e
foram saqueadas pela população.
Outro acidente com vítima fatal
aconteceu no dia 12 deste mês, na Comunidade de Amapá, no quilômetro 35
da BR-163, no município de Belterra. Durante o acidente, o agricultor
Adelino Freitas de Castro morreu após a motocicleta em que ele era
transportado colidir com uma bicicleta. O ciclista atingido foi
identificado como Raimundo Castro da Conceição, de 50 anos. Segundo a
PM, ele sofreu ferimentos pelo corpo e um corte profundo em uma das
pernas, foi socorrido e encaminhado pelo Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (Samu), ao Pronto Socorro Municipal (PSM), porém, três dias
depois não resistiu aos ferimentos e faleceu.
Também no mês de julho outro acidente
com vitima falta foi registrado na Comunidade de Amapá, na BR-163, em
Belterra. Antônio Linhares de Lima, conhecido por “Pé de Cobra” morreu
após ter sido atropelado por uma pick-up, na noite do dia 21 deste mês. A
Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi ao local e fez os procedimentos
necessários. O motorista foi levado à delegacia de Polícia Civil. De
acordo com o delegado Lucivelton Ferreira, foi feito o teste do
bafômetro, que deu negativo para o consumo de álcool.
CHOQUE ENTRE CARRETAS: Na
quinta-feira, 23/07, duas carretas carregadas com milho se chocaram de
frente na Rodovia Santarém-Cuiabá (BR 163), a cerca de 5 quilômetros de
Moraes de Almeida. Durante o acidente ninguém se ferido, somente danos
materiais. As duas cargas de milho ficaram espalhadas pelo leito da
Rodovia.
BURACO NO COMPLEXO DO VIADUTO:
Um buraco localizado no cruzamento das rodovias Fernando Guilhon e
Cuiabá, no complexo do viaduto de Santarém, virou motivo de reclamação
dos motoristas. Quem trafega no local afirma que o buraco se transformou
em geração de renda para as oficinas da cidade, por conta de peças dos
veículos ficarem completamente danificadas quando os carros passam no
orifício, obrigando os proprietários a procurar assistência técnica.
Muita lama no local também é vista por quem passa próximo ao viaduto.
Para fugir do buraco, os motoristas precisam fazer malabarismos. Para
andar pelo local, é preciso cuidado e paciência. Quem entra em uma
oficina mecânica da cidade se depara com a grande quantidade de veículos
apresentando problemas por conta da péssima condição da malha viária.
Viver em Santarém não é nada fácil. Ruas esburacadas, mato, sujeira e
falta de iluminação pública fazem parte do cotidiano dos moradores do
Município.
Fonte: RG 15/O Impacto
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