quarta-feira, 9 de abril de 2025

PROFESSORES DA UFPA EM ALTAMIRA SEGUEM DE AULA APÓS DENÚNCIA DE ESTUPRO

Documento interno revela que a universidade foi informada do crime cometido contra a aluna da instituição em janeiro de 2025. No entanto, mesmo após a repercussão do caso, os dois professores envolvidos seguem ministrando aulas.

Dois professores da Faculdade de Geografia da Universidade Federal do Pará (UFPA), Campus Altamira, estão sendo investigados por suposto estupro de vulnerável contra uma aluna, ocorrido durante uma atividade de campo. 
O caso foi denunciado pela vítima à polícia e à Delegacia da Mulher, mas, segundo documento interno da instituição datado de janeiro de 2025, os docentes seguem exercendo suas funções, inclusive com cargos de coordenação na pós-graduação.
A denúncia, registrada oficialmente em janeiro, levou a vice-coordenação do campus a discutir a situação com outros docentes, como mostra a “Memória de Reunião” obtida por EPOL. 
No relato, é mencionado que a estudante só conseguiu formalizar a acusação após algum tempo, por conta de seu estado emocional. 
O documento também informa que outros registros de assédio contra alunos já haviam sido feitos contra os mesmos docentes.

Durante a reunião, professores manifestaram preocupação com o fato de os denunciados continuarem ministrando disciplinas frequentadas pela vítima e seus colegas. 
O nome dos professores não aparece no documento divulgado com tarjas, mas fontes internas confirmam que se trata de Jose Queiroz de Miranda Neto e Wellington de Pinho Alvarez, ambos vinculados ao curso de Geografia. 
O processo criminal está em trâmite sob o número 080XXXX-63.2025.8.14.0005, conforme consulta pública no site do TJPA.
Apesar da gravidade do caso, a universidade ainda não afastou os envolvidos. 
Segundo a ata da reunião, a reitoria seria notificada pela Procuradoria da UFPA apenas após o recebimento oficial da denúncia policial, para então deliberar sobre eventuais medidas. 
Até o momento, não há confirmação de afastamento ou de apuração formal interna. 
O EPOL solicitou posicionamento oficial da instituição, mas ainda não obteve resposta.
Fonte : O Estado do Pará on Line

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Participe do Blog do Xarope e deixe seus comentários, críticas e sugestões.