terça-feira, 23 de setembro de 2025

EM NOVA IORQUE , HELDER BARBALHO DESTACA ENTREGA DO PRIMEIRO PARQUE DE BIOECONOMIA E INOVAÇÃO DO BRASIL , EM BELÉM

Equipamento será entregue em outubro como marco do Plano de Bioeconomia do Pará e reforço à nova economia da floresta
O Governador do Pará, Helder Barbalho, anunciou nesta segunda-feira (22), durante a Semana do Clima de Nova Iorque, a entrega do primeiro Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, também o primeiro do Brasil.
O espaço será inaugurado na primeira semana de outubro, em Belém, e representa a principal ação estruturante do Plano Estadual de Bioeconomia, lançado de forma pioneira pelo Governo do Pará.O anúncio foi feito durante o painel “Financiando a Transformação Ecológica: Mecanismos Inovadores e Lições Aprendidas do Brasil”, promovido pela Coalizão Brasil e pela organização internacional The Nature Conservancy (TNC).
Ao destacar a iniciativa, Helder Barbalho reforçou o compromisso do Estado com a construção de um modelo econômico sustentável, baseado na valorização da biodiversidade.


“O Pará acredita muito em bioeconomia e tem atuado no sentido de identificar oportunidades que possam transformar nossa biodiversidade em uma nova economia. Por isso, concebemos o Plano Estadual de Bioeconomia e já estamos em fase de implementação.
Para vocês terem uma ideia, o governo do Estado já investiu cerca de R$ 2 bilhões em bioeconomia”, afirmou.Segundo o governador, o novo parque será um centro de negócios, pesquisa e inovação voltado à industrialização de produtos da floresta e ao fortalecimento de cadeias produtivas sustentáveis.
“Convido a todos a conhecerem essa estrutura que será entregue em breve e que marca um novo ciclo para a Amazônia”, completou.
O governador do Pará, Helder BarbalhoFoto: Thalmus Gama / Ag. Pará
Sustentabilidade com inclusão e justiça social
O governador também reforçou que a sustentabilidade precisa ser compreendida de forma ampla, integrando os pilares ambiental, econômico e social.
“A sustentabilidade precisa ser ambiental, econômica, mas, acima de tudo, social. 
Precisamos cuidar das árvores e dos povos que vivem abaixo da copa das mesmas. 
Convoco a todos a estarem conosco em Belém na COP30, mas, mais do que isso, que estejam conosco na construção do futuro da floresta, que passa pelo futuro do Pará”, declarou.O secretário de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade, Raul Protázio Romão, destacou que o novo parque representa a materialização de um compromisso assumido internacionalmente.
“O Parque de Bioeconomia é um avanço histórico. É a implementação estruturante de uma ação prevista no nosso Plano de Bioeconomia, lançado na COP27.
Chegaremos à COP30 com essa entrega, que vai fortalecer os negócios da sociobioeconomia, startups e uma gama de oportunidades que a biodiversidade amazônica oferece”, afirmou.
Financiamento climático e inovação regulatória
Ainda durante o painel, Helder Barbalho apresentou as estratégias do Estado para alavancar investimentos verdes e criar condições para a transição econômica com baixa emissão de carbono.
O governador ressaltou a importância do envolvimento do setor privado.
“Cabe ao governo construir as condições legais, o arcabouço regulatório, assegurar previsibilidade e segurança jurídica.
Mas cabe à iniciativa privada o processo de implementação.
Só assim sairemos de um laboratório de boas ideias para uma escala compatível com os desafios climáticos e com as oportunidades dos negócios verdes”, disse.Entre as iniciativas já em curso, ele citou a concessão de restauração florestal na Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, a primeira realizada por um estado subnacional no Brasil.
O contrato tem duração de 40 anos, prevê investimentos privados de R$ 300 milhões e a geração de dois mil empregos verdes.
Foto: Thalmus Gama / Ag. Pará
“Essa concessão vai desde a produção de mudas até o plantio de floresta, promovendo captura de carbono e gerando monetização. É uma agenda concreta de desenvolvimento sustentável”, pontuou.
Pecuária sustentável e rastreabilidade do rebanho
O governador destacou também os avanços do Pará na modernização da pecuária como parte da estratégia de redução das emissões e de combate ao desmatamento. 
Com o segundo maior rebanho bovino do Brasil, com 26 milhões de cabeças, o Estado já implementa a rastreabilidade coletiva e agora caminha para um novo patamar.
“Estamos trabalhando para assegurar a rastreabilidade individual de todo o nosso rebanho até 2026.
Esse é um passo essencial para consolidar o Pará como referência em pecuária de baixas emissões”, explicou.
Helder reforçou que o Estado busca garantir que essa transição ocorra sem onerar pequenos produtores.
“Contamos com a parceria da iniciativa privada para que essa ação não represente custo adicional, especialmente para os produtores que atuam em propriedades de até 100 hectares”, concluiu.

Fonte : Agência Pará

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